quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Temer escolhe guarda-costas para STF

Por Luana Spinillo, no site do PT:

Na avaliação do jurista e deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), a indicação do atual ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) é “desrespeitosa e desmoralizante” para a corte máxima do Brasil.

“É uma vergonha para o Supremo Tribunal Federal e vai macular definitivamente a história do Judiciário brasileiro”, diz, em entrevista à Agência PT.

Os dois tipos de direitistas

Por Galindo Luma

Vivemos um momento em que é moda corrente ser direitista. Alguns acham até que essa posição ideológica seria uma exigência para aqueles que almejam ascensão em variadas carreiras no mercado. Tudo bem. É natural que a ideologia das classes dominantes prevaleça sobre a maioria da sociedade e que por outro lado existam setores que labutam em condições dificílimas no contraponto ao bombardeio midiático do discurso das elites econômicas.

Esse texto é uma “homenagem” a dois “amigos”, um mineiro e um paulista”, que excluí hoje da lista de meus seguidores no twitter. Nele vou tratar apenas de dois tipos curiosos de direitistas, entre os mais variados que infestam as redes sociais. Vamos lá.

O "ajuste fiscal" e o caos no Espírito Santo

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Por Rute Pina, no jornal Brasil de Fato:

O estado do Espírito Santo completou, nesta terça-feira (7), quatro dias de uma crise de violência e saques instalada após a ausência de policiamento nas ruas. Parentes de policiais militares estão impedindo a saída de viaturas dos batalhões para reivindicar reajuste salarial e o pagamento de benefícios.

Roberto Simões, cientista político e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), conecta a insatisfação trabalhista dos policiais ao ajuste fiscal ocorrido no estado capixaba. Segundo ele, as reivindicações de reajuste salarial e melhoria das condições de trabalho vão esbarrar na política de austeridade do governo.

A criminalização dos fundos de pensão

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Depois de arrebentar com o sistema de infraestrutura no país, o Ministério Público Federal prepara suas duas novas ofensivas: a desmoralização do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e a criminalização dos fundos de pensão, através da Operação Greenfield.

Se não começar a ter um mínimo de discernimento, se não houver uma liderança bem informada, mostrando a importância de preservar setores, essa multiplicação de forças tarefas, com suas parcerias midiáticas, arrebentará com o que resta de perspectiva econômica do país.


Pedro Parente e o bote da serpente

Por Artur Araújo, no site Vermelho:

Pedro Parente, presidente da Petrobrás, publicou panfleto em um periódico. É boa uma de suas afirmações: “(...) a Petrobras defende uma política de conteúdo local que ajude a indústria a ser competitiva globalmente e está disposta a contribuir para isso. A política precisa incentivar a inovação, as parcerias, a produção com qualidade, custos e prazos adequados. (...) Esta é a verdadeira escolha: entre o ranço ideológico, que a poucos beneficia, e a dignidade e o bem-estar que um novo emprego pode proporcionar a milhões de brasileiros e a suas famílias.”.

MBL se isola na defesa do Mussolini tucano

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O site do grupo Mídia Ninja publicou interessante estudo de redes sobre a repercussão no Twitter da nomeação do tucano Alexandre Moraes, até aqui ministro da Justiça, para a vaga aberta no STF pela morte do ex-ministro Teori Zavscki.

Esse tipo de estudo de rede costuma ser feito por empresas especializadas e, no caso do Twitter, os nomes dos tuiteiros que atuam naquela rede social aparecem em maior ou menor tamanho de acordo com o peso que tiveram na discussão de algum tema.

Quem ganha com o déficit público

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Que falta fazem o bom jornalismo e a boa política. Passou quase despercebido o relatório em que Banco Central apontou um rombo fiscal inédito nas contas públicas, em 2016. O resultado primário – que compara a arrecadação de impostos com os gastos típicos de governo (sociais, infraestrutura, pagamento dos servidores) foi um déficit recorde de 156 bilhões de reais, ou 2,47% do PIB. Quando se incluem os juros pagos aos banqueiros e à aristocracia financeira, os números saltam: 562 bilhões de reais, ou 8,93% do PIB. A deterioração rápida do cenário é ainda mais impressionante. Ainda em 2014, último ano antes do início do “ajuste fiscal”, o déficit primário era cinco vezes menor – apenas 0,56% do PIB.


A solidariedade ao deputado Jean Wyllys

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé repudia veementemente qualquer decisão da Câmara dos Deputados que resulte em suspensão por 120 dias do mandato do deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) por quebra de decoro parlamentar durante a sessão de 17 de abril, quando foi aprovada a admissibilidade do pedido de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.

O deputado está sendo julgado por ter cuspido no deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), depois dele ter feito apologia à tortura e ao torturador Brilhante Ustra. Numa sessão que entrará para a história como um dos momentos mais vergonhosos daquela Casa parlamentar, a indignação de Jean Wyllys talvez tenha sido uma das atitudes que mais defendeu a honra do parlamento brasileiro, em meio a hipócritas que votavam pelo combate à corrupção ou em nome de Deus e da Família, e que no dia seguinte eram presos.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Temer e Moraes: o desprezo pela sociedade

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

"O público que se dane!" - frase do magnata americano William Henry Vanderbilt (1882), um predecessor de Donald Trump, quando a imprensa o criticou pela má qualidade das suas ferrovias.

"Estou me lixando para a opinião pública!" - discurso do deputado Sergio Moraes (PTB-RS), em 2009.

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É o que deve ter pensado também Michel Temer ao nomear seu amigo do peito Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira.

A política do genocídio chega ao STF

Por Dennis de Oliveira, no blog Quilombo:

Alexandre Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer para o Supremo Tribunal Federal (STF), foi secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo de 2014 a maio de 2016, quando foi para o ministério da Justiça.

Na sua gestão da Segurança Pública em São Paulo, a Polícia Militar e a Polícia Civil foram responsáveis por 25% das mortes na cidade de São Paulo em 2015. Uma em cada quatro pessoas.

No estado de São Paulo, o ano de 2016 foi de recorde do número de pessoas assassinadas por policiais em horários de folga: 266, cerca de 83% acima do que foi em 2001 (146 mortos). Estas mortes não entram nas estatísticas de homicídio praticados por policiais e só foi obtido pela Rede Globo e exposto no telejornal SPTV por meio da Lei de Acesso à Informação (lei que obriga os órgãos públicos a fornecerem informações de interesse público).

Escolha de Moraes e o regime de exceção

Por Jeferson Miola

A rigor, o usurpador Michel Temer não tem legitimidade para indicar o juiz que deve ocupar a vaga aberta no STF com a morte de Teori Zavascki.

Temer não é um presidente eleito legitimamente; é um conspirador que tomou de assalto o Palácio do Planalto com sua turba corrupta, branca e masculina, e que exerce prerrogativas presidenciais porque o país está sob a vigência de um regime de exceção.

Os golpistas que promoveram o golpe de Estado com a fraude do impeachment e que controlam o legislativo e o judiciário atribuem a ele, o “MT” das planilhas de propinas da Odebrecht, os poderes que seriam legítimos somente a um mandatário eleito pelo voto popular. A mídia, liderada pela Rede Globo, cumpre a função legitimadora do governo usurpador e naturaliza cada passo da evolução golpista.

Fascistas tumultuam debate em MG

Renato Rabelo, presidente da Fundação Mauricio Grabois
Do site da Fundação Maurício Grabois:

A Fundação Mauricio Grabois realizava, na segunda-feira (6), a palestra “O Brasil tem saída – caminhos para a superação da crise brasileira”, ministrada pelo seu presidente nacional e ex-presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Renato Rabelo, quando foi surpreendida por um grupo de provocadores, se dizendo fãs de Jair Bolsonaro.

O evento, realizado no Centro Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), transcorria normalmente até que três pessoas raivosas, com linguagens de ódio, utilizando a roupagem “Jair Bolsonaro-presidente”, começaram a tumultuar o evento prestigiado por mais de 160 pessoas.

O cálculo na escolha de Alexandre de Moraes

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Alexandre de Moraes acaba de ser indicado pelo governo Temer para a vaga aberta no STF com a morte de Teori.

O currículo de Moraes é uma mistura de truculência e incompetência, temperada com pitadas de fanfarronices e bizarrices.

Como secretário da segurança pública de São Paulo, durante o governo Alckmin (2014-2016), comandou verdadeiros massacres contra manifestações políticas da esquerda. Ficou clara a estratégia da PM de provocar os manifestantes e incitar a violência para depois justificar os tiros, as porradas e as bombas.

Violência e barbárie no Espírito Santo

Exército no Espírito Santo
Por Marcos Sacramento, no blog Diário do Centro do Mundo:

Engana-se quem pensa que o caos instalado no Espírito Santo após o aquartelamento da Polícia Militar é apenas um caso de falta de policiamento.

Junto com a onda de crimes e vandalismo subsequente ao protesto, iniciado na última sexta-feira (03) por cônjuges e familiares de policiais militares que “bloqueiam” os portões dos Batalhões, afloraram tensões sociais na forma de saques a lojas de eletrodomésticos e áudios de Whatsapp carregados de preconceito social.

Negar o crescimento da violência nesses dias seria insensatez da minha parte, ainda mais com estatísticas e imagens eloquentes.

Previdência: Cunha no comando da reforma?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Quem acompanhou o longo processo de cassação de Eduardo Cunha e as intermináveis sessões da Comissão de Ética sabe que ninguém foi mais fiel ao hoje preso ex-presidente da Câmara que o deputado Carlos Marun, do PMDB do Mato Grosso do Sul.

Foi, não, é.

Em setembro, já com o ex-todo-poderoso em desgraça, Marun rasgou-lhe seda em artigo na Folha.

O tucano Alexandre de Moraes vai para o STF

Da revista CartaCapital:

Alexandre de Moraes, atual ocupante do Ministério da Justiça, foi escolhido pelo presidente Michel Temer para ocupar a vaga deixada por Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo em janeiro, no Supremo Tribunal Federal (STF). O anúncio aconteceu na noite desta segunda-feira 6, após duas semanas de muita especulação em Brasília sobre a identidade do novo magistrado.

O anúncio foi feito pelo porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola. "As sólidas características de Moraes o qualificam para a elevada função", disse em pronunciamento. Uma vez oficializada a indicação, Moraes será sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado e terá seu nome apreciado pelo plenário da Casa Legislativa.

Le Pen se lança no estilo 'France first'

Por Flavio Aguiar, de Berlim, no site Carta Maior:

Marine Le Pen lançou oficialmente sua candidatura à presidência francesa durante um comício na cidade de Lyon, com o comparecimento de milhares de pessoas.

Le Pen prometeu tirar a França da zona do Euro e da União Europeia, se necessário. Também falou vigorosamente contra a globalização e prometeu melhores salários, mais empregos, menor tempo e melhor pensão para aposentadorias. Mas tudo isto veio envolto nas propostas xenófobas, anti-imigrantes, anti-refugiados, no estilo Donald Trump: “a França em primeiro lugar”.

A luta contra a reforma da previdência

Do site da Frente Brasil Popular:

Dia 08, Dia Internacional da Mulher; dia 15 de março – Dia Nacional de Luta contra a Reforma da Previdência; e 31 de março, data do golpe militar de 1964, dia que o chamado será com a bandeira "Fora, Temer" são três datas fundamentais para a mobilização contra a retirada de direitos proposta pelo presidente ilegítimo Michel Temer e em defesa da democracia.

“A proposta de reforma da previdência é uma parte da fatura do golpe que Temer tem que pagar aos empresários que ajudaram no processo de impeachment”. É assim que a presidenta da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral pontuou em sua fala durante exposição do debate sobre o cenário político atual.

RBS e poder: tudo a ver

Por Eduardo Silveira de Menezes, no site Sul-21:

Não é de hoje que a Rede Brasil Sul de Comunicação (RBS) atua de modo a pautar a opinião pública em benefício de interesses privados. Acostumada a eleger seus representantes, no estado do Rio Grande do Sul, a empresa, de propriedade da família Sirotsky, especializou-se em atuar politicamente por meio de vereadores, deputados, senadores e, até mesmo, governadores. É o caso do jornalista – e ex-repórter desse grupo de comunicação –, Antônio Britto (PMDB), que, durante os quatro anos em que esteve à frente do Palácio Piratini, não mediu esforços para entregar os serviços públicos à iniciativa privada. O caso do Banrisul é exemplar, nesse processo, já que foi um dos poucos bancos estaduais a escapar da fúria privatista da década de 1990. Certamente o destino do banco seria outro se Britto não tivesse perdido as eleições de 1998, período marcado pela crescente subserviência do governo ao sistema financeiro.

Alexandre de Moraes no STF é golpe de Temer

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Michel Temer indicou na noite desta segunda-feira (6) o ministro da Justiça, filiado ao PSDB, Alexandre de Moraes para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki. O processo seguinte, a partir de agora, é o Senado agendar a sabatina pela qual passará Alexandre de Moraes. Depois disso, se for aprovado, ele é nomeado para o cargo na Corte Suprema. Moraes foi apoiado pelo ministro Gilmar Mendes que, no domingo anterior, se reuniu com Michel Temer para discutir a escolha do novo ministro