quarta-feira, 2 de maio de 2018

Merval, o “imortal”, e o chá da tarde na ABL

Por Altamiro Borges

O Jornal do Brasil publicou nesta terça-feira (1) um artigo que me fez lembrar do colunista Merval Pereira, o capacho-oficial da famiglia Marinho que galgou – sabe-se lá como – o posto de “imortal” da Academia Brasileira de Letras (ABL). O texto, assinado por Celina Côrtes, registra: “Que o Rio de Janeiro vive um de seus piores infernos astrais não é novidade para ninguém. A crise, porém, também passou a atingir em cheio a vetusta ABL, que só tem conseguido alugar a metade das 300 salas de sua sede, o Palácio Austregésilo de Athayde, vizinho ao Petit Trianon, no centro da cidade, e sua principal fonte de renda. O orçamento mensal de R$ 2,4 milhões caiu a R$ 1,2 milhão”.

Blairo Maggi, outro atolado no covil golpista

Por Altamiro Borges

Pelo jeito, não vai sobrar ninguém no covil golpista de Michel Temer. O site G1, do sempre suspeito Grupo Globo, informou nesta quarta-feira (2) que o bilionário ruralista Blairo Maggi, “ministro” da Agricultura do governo ilegítimo, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção ativa. “De acordo com a PGR, em 2009, o então governador do Mato Grosso participou de um suposto esquema de compra e venda de cadeiras no Tribunal de Contas do Estado. Caberá ao STF decidir se abre um processo e torna Blairo Maggi réu nesse caso. O G1 procurou a assessoria do ministro, que disse que vai divulgar uma nota com o seu posicionamento”.

Temer cancela viagem. Bateu o desespero?

Por Altamiro Borges

O golpista Michel Temer anda preocupado. Com o fracasso vergonhoso da sua pretensa “candidatura à reeleição” – sendo que ele nunca foi eleito presidente, mas sim assaltou o poder graças a um golpe midiático-judicial- parlamentar –, o odiado teme pelo futuro. Sem mandato para protegê-lo, a cadeia pode ser seu destino após deixar o Palácio do Planalto. Nesta semana, Michel Temer cancelou mais uma viagem ao exterior. Em nota oficial, ele alegou compromissos com o “calendário eleitoral” e com “votações de projetos no Congresso”. Mas, segundo a revista Época, que apoiou o golpe dos corruptos, o motivo foi bem outro:

Os invisíveis de Curitiba e os do Engenhão

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Duas multidões se formaram ontem, sem merecerem muita atenção para seus dramas.

Uma, em Curitiba, pedindo a libertação de Lula, o presidente que cuidou do emprego e de dar um mínimo de dignidade aos trabalhadores.

Outra, junto ao estádio do Engenhão, no subúrbio do Rio de Janeiro, formada por 30 mil trabalhadores que buscam um emprego e um mínimo de dignidade.

Esperando um morto

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Os fatos dizem que a extrema direita está optando pela máxima do estrategista alemão Carl von Clausewitz de que “a guerra é a continuação da política por outros meios”. Vale dizer, por meio da violência. A execução de Marielle Franco, os tiros contra ônibus da caravana do ex-presidente Lula e agora contra militantes acampados em sua defesa, em Curitiba, não deixam dúvida. Neste ritmo, em breve haverá um corpo estendido no chão. Mas é falso dizer que a polarização produz uma escalada bilateral da violência. É preciso reconhecer que a extrema-direita é que está mandando balas contra ativistas da esquerda.

O Brasil cada vez mais intolerante

Por Ronnie Aldrin Silva, no site da Fundação Perseu Abramo:

A pesquisa sobre intolerância, realizada pelo Instituto Ipsos Mori em 27 países, aponta o Brasil como 7º país mais intolerante dentre estes. Cerca de 84% dos brasileiros vêem o país dividido, e 62% percebem mais intolerância hoje do que há 10 anos.

Dentre os motivações, 54% apontam diferenças políticas e 40% desigualdades entre ricos e pobres. Esta ultrapolarização também é fortemente perceptível no mundo virtual. Discursos racistas e de ódio, que há alguns anos eram combatidos pela maioria dos usuários, passaram a ser bem vistos, e assumidos, por uma parcela considerável destes. As fake news e os discursos de ódio passaram a ser compartilhados conscientemente, apenas para dar o gosto de vitória sobre o seu, antes, amigo, hoje, adversário ideológico.

Lei trabalhista: o pior ainda está por vir

Por Ivan Longo, na revista Fórum:

O golpe que culminou no impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff não veio à toa. Ele foi articulado entre setores das elites brasileiras e um deles, o empresarial, exigiu uma “flexibilização” das leis do trabalho e Michel Temer, assim que assumiu a presidência, colocou o assunto em discussão. Maquiando com adjetivos como “modernização” da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e prometendo que a medida geraria mais empregos, o emedebista encabeçou a pauta no Congresso e, finalmente, sancionou a reforma trabalhista em novembro do ano passado.

Temer não pode nem sair às ruas?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Costumo me colocar no lugar dos outros para saber o que eles estão sentindo para fazer a pergunta do título desta coluna.

Acuado, assustado, gaguejando diante dos microfones da imprensa, cheio de “naturalmente”, “exatamente”, “lamentavelmente”, sem saber o que dizer, ouvindo gritos de “golpista!”, diante de mais uma tragédia, a deprimente figura de Michel Temer era o próprio retrato de um país sem governo, após o incêndio e o desabamento de um prédio em São Paulo.


Golpistas trocam panelas por armas de fogo

Por Rogério Correia, no blog Viomundo:

Não é possível mais alimentar qualquer ilusão: o Brasil do golpe, aquele que retira direitos dos mais pobres e vende o país por mixaria à banca internacional, já estende seus tentáculos para a ameaça física a quem a ele se opõe. Essa realidade instiga todas as forças democráticas do país à união. A frente antifascista não é mais um caminho, mas uma exigência.

É fundamental neste momento a compreensão de que a direita montou e está aperfeiçoando um verdadeiro braço armado a fim de defender seus interesses. Para levar a cabo essa lida, não se constrange sequer em camuflar ações belicosas.

Lebbos: A carcereira da pena de morte

Por Mauro Lopes, em seu blog:

O Poder Judiciário, que um dia foi denominado Justiça, tornou-se no Brasil uma reserva de mercado para jovens filhos de famílias ricas. O mesmo aconteceu com o Ministério Público. Seus concursos são disputadíssimos e só filhinhos de mamãe e de papai que não precisam trabalhar podem dedicar tempo aos estudos. O fato de as vagas serem preenchidas por concurso pode dar a impressão de ser um Poder republicano –do que se vangloriam muitos juízes e juízas e membros do MP. Mas é fachada.

Folha joga Paulo Preto no colo de… Kassab!

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o dito “Paulo Preto”, é meio que um símbolo do tucanato por ameaças veladas que vem fazendo há anos aos ex-governadores José Serra e Geraldo Alckmin – foi na gestão de ambos que os escândalos envolvendo seus nome nome surgiram.

Souza ficou famoso por uma frase de sua lavra em tom de ameaça




Polarização política: um discurso enganoso

Por Luis Felipe Miguel, no site Carta Maior:

Fala-se muito em "polarização política". É um discurso enganoso. Por um lado, permite que quem o adota se coloque em posição superior, olímpica, como quem vê ambos os lados, percebe a limitação de ambos e não está em nenhum deles. Por outro, com o deslizamento natural da noção de "polos" para a noção de "extremos", que pertencem ao mesmo campo semântico, leva ao discurso da necessidade de superação do "extremismo", que no Brasil seria representado por Bolsonaro e por... Lula. Em tudo está a ideia de equivalência, de espelhamento, de intolerância de lado a lado.

Transgênicos: O lucro acima da saúde

Por Aristóteles Cardona Júnior, no jornal Brasil de Fato:

Caminha a passos largos no Senado o Projeto de Lei que extingue o uso obrigatório do símbolo que identifica a presença de produtos transgênicos em rótulos de produtos alimentícios. Tal identificação é mais reconhecida por seu selo em formato de triângulo amarelo, com a letra ‘T’ no meio, e começou a ser utilizada em 2003. No momento, o Projeto já foi aprovado na Câmara e passa por discussão em comissões no Senado, até ser levado a plenário. Se aprovado, será encaminhado para sanção presidencial.