terça-feira, 27 de março de 2018

Os piores momentos de Moro no 'Roda Viva'

Do blog Nocaute:

O programa Roda-Viva desta segunda-feira (27) foi praticamente uma homenagem ao juiz Sergio Moro. Antes mesmo da entrevista começar, Augusto Nunes diz que convenceu Moro a participar do programa, gravado no mesmo dia em que o TRF-4 negou o recurso de Lula, para “aparar” a conversa de que ele seria um agente da CIA: “Bastaria ver o doutor Moro de perto”.

Nunes chegou a dizer que não poderia haver uma despedida “mais honrosa” para ele, que apresentava seu último programa. Complementou afirmando que Moro é um dos “protagonistas mais respeitáveis da nossa história recente”.

A melhor defesa é o ataque

Em Cruz Alta (RS), 22/03/2018. Foto: Ricardo Stuckert
Por João Paulo Rodrigues

Os ânimos estão acirrados em função da possível vitória do Lula no Supremo Tribunal Federal (STF). Obstruir o processo em curso por setores do Judiciário, da Polícia Federal e do Ministério Público, com apoio da mídia, para levar o representante das forças populares para a prisão e retirá-lo da disputa presidencial seria uma grande derrota para o golpismo.

Lula é a principal ameaça ao programa ultraneoliberal de diminuição do valor da força de trabalho, desmonte dos instrumentos de intervenção do Estado na economia, entrega dos recursos naturais para o capital internacional e alinhamento da política externa aos Estados Unidos.

Greve dos servidores derrota Doria

Por Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:

A Câmara Municipal de São Paulo retirou, por 120 dias, o Projeto de Lei (PL) 621, sobre a reforma da previdência dos servidores da cidade, criando o chamado Sampaprev. O prefeito João Doria (PSDB), que mais cedo deu entrevista dizendo que não recuaria, teve de ceder à pressão. Desde o dia 8, diversas categorias do funcionalismo público estão em greve e, em conjunto, vêm realizando grandes manifestações com frequência.

Marielle e a manipulação midiática

Por Miguel Freitas, no blog Socialista Morena:

Duas semanas após a execução da vereadora Marielle e do motorista Anderson, ainda não solucionada, é possível aprender três importantes lições sobre o funcionamento da mídia comercial a partir deste caso: o que os jornais sabem; o que eles publicam; e o que eles pretendem.

1. Os jornalistas conheciam Marielle

Dos diversos jornalistas e colunistas dos grandes jornais que escreveram sobre Marielle Franco a maioria tratou a vereadora de forma muito sensível, mostrando estar sinceramente chocados não apenas com a barbaridade do crime mas também com a dimensão da perda de uma personalidade como ela. Os jornalistas sabiam que Marielle já era um mito.

Os recados fascistas de Marcelo Bretas

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O juiz Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro, verdugo do Almirante Othon Pinheiro, a quem condenou a 43 anos de prisão, voltou ao Twitter nos últimos dias com recadinhos bastante emblemáticos, que reproduzo abaixo para registro histórico.

Eu tive acesso a pelo menos dois. Um deles, do dia 24 de março, não está mais, aparentemente, na página do juiz. Ele me bloqueou, então tive que entrar deslogado em sua página, para procurar, mas não achei. Mas muita gente teve a sagacidade de printar, e eu pude, então, gozar da satisfação um tanto dúbia de ler a opinião de Marcelo Bretas.

Acordo Mercosul-UE: perigo iminente

Por Marcelo Zero, no site Brasil Debate:

Em toda negociação comercial, os países participantes têm interesses ofensivos, normalmente vinculados aos seus setores produtivos mais competitivos, e interesses defensivos, relacionados aos seus setores econômicos mais frágeis e que precisam de proteção para se desenvolver. A partir da definição desses interesses, monta-se a estratégia de negociação, que usualmente procura maximizar os ganhos dos interesses ofensivos, minimizando, ao mesmo tempo, as perdas em seus interesses defensivos.

Torcedores contra a elitização nos estádios

Por Thiago Cassis, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O coletivo Futebol, Mídia e Democracia, criado a partir do Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé, lançou essa semana a campanha “Ingresso caro, Não”. O objetivo é debater a onda de elitização que atravessa o futebol brasileiro, e justamente os altos preços cobrados para assistir os jogos são onde o processo afeta de forma mais direta os torcedores e torcedoras.

Formado em 2015, o Futebol, Mídia e Democracia, ou apenas FMD, reúne diversos movimentos, coletivos e torcedores em geral. Por não se tratar de uma organização de seguidores de um mesmo clube, consegue estar presente em diversos estados e agrupar dezenas de bandeiras.

A ofensiva contra a neutralidade da rede

Por Caio Augusttus, no jornal Brasil de Fato:

No dia 14 de dezembro de 2017, os Estados Unidos, através da Comissão Federal de Comunicação, pôs fim ao princípio fundamental da internet: a neutralidade da rede. Na prática, isso significa dar autonomia irrestrita para que provedores de acesso controlem as informações que trafegam na rede.

Isso permitiria determinar velocidades diferentes para acessar aplicativos, sites, serviços, dependendo do acordo comercial feito com o provedor de internet. Isso estabelece um critério legal de censura e controle na rede.

As novas ditaduras latino-americanas

Por Jorge Beinstein, no site Carta Maior:

A radicalização reacionária dos governos de países como Paraguai, Argentina, Brasil, México ou Honduras começa a gerar polêmica em torno de sua caracterização.

Nenhum desses regimes resultou de golpes de estado militares, ainda que os casos de Brasil, Honduras e Paraguai tenham surgido através de novos tipos de golpe de Estado, baseados em paródias constitucionais protagonizadas pelos respectivos poderes legislativos – e, quando necessário, em combinação com os poderes judiciário e midiático. No Brasil, a Presidência passou a ser exercida pelo outrora vice-presidente Michel Temer (alçado por um golpe parlamentar), cujo nível de aceitação popular, segundo diversas pesquisas, não vai além dos 3 % da cidadania. No Paraguai ocorreu algo semelhante: o presidente foi derrubado pelo Congresso e substituído por um vice que trabalhou, nas eleições seguintes para a posterior vitória eleitoral de Horacio Cartes, um dos principais arquitetos do golpe e figura de ultradireita claramente vinculada ao narcotráfico.

Cármen e a panela de pressão do STF

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Em todos os jornais, tudo o que se lê são as consequências da desastrosa submissão de Ministra Cármen Lúcia às pressões da mídia e, apequenando-se, levar o Supremo Tribunal Federal a ser obrigado a fazer um julgamento “personalizado” em Lula quando a questão da prisão sem trânsito em julgado é bem anterior (2016) e muito mais abrangente.

Celso de Mello manda avisar que seu voto será extenso e vai abranger a questão geral.

A chapa Temer-Meirelles

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Os movimentos eleitorais soam falsos, como uma camada de cinza volátil sobre as brasas que, com um pouco mais de vento, podem lançar labaredas. Esclarecido o destino do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que deixa o cargo no dia 6 de abril e filia-se ao MDB, o que se podemos esperar concretamente disso, quando julho chegar, é o lançamento da chapa Temer-Meirelles. Aceitando filiar-se sem garantia de que será o candidato do partido, Meirelles aceitou esquentar o lugar para Temer. Depois vira candidato a vice. E como Lula também se tornou inelegível ontem, com a recusa de seus recursos pelo TRF-4, independentemente do que decidirá o STF sobre seu pedido de habeas corpus para não ser preso, teremos nos próximos meses dois candidatos que serão figurantes temporários.

Atentado contra Lula é inaceitável

Em Quedas do Iguaçu (PR), 27/03/2018. Foto: Ricardo Stuckert
Por Dilma Rousseff, em seu site:

O atentado ocorrido no final da tarde desta terça-feira, 27 de março, contra um ex-presidente da República do país é grave e ocorre num momento difícil para o Brasil.

A tentativa de intimidar o presidente Lula e a Caravana Lula pelo Brasil, com tiros e agressões, é inaceitável.

Não estamos mais nos anos 50 do século passado, ou na ditadura militar, quando a eliminação física de adversários políticos era uma constante no Brasil e na América Latina. Essa prática não pode ser tolerada.