domingo, 18 de março de 2018

A desembargadora 'fake' será punida?

Por Altamiro Borges

O site da revista Fórum confirma que o PSOL ingressará com uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a desembargadora Marília Castro Neves, que acusou a vereadora Marielle Franco de ligação com o crime organizado. Com base em notícias falsas postadas nas redes sociais, a juíza “fake” explicitou todo seu ódio fascista e escreveu em sua página no Facebook na sexta-feira (16): “A questão é que a tal Marielle não era apenas uma 'lutadora', estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu 'compromissos' assumidos com seus apoiadores. Até nós sabemos disso... Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro”.

Paulo Preto é amigo da turma da Lava-Jato?

Por Altamiro Borges

Paulo Preto, o “operador de propina” do PSDB, nunca foi incomodado pelos “justiceiros” da Lava-Jato, que amam de paixão os tucanos de alta plumagem – é só lembrar aquela foto clássica da troca de sorrisos entre o juiz Sergio Moro e o cambaleante Aécio Neves em um convescote da revista “QuantoÉ”. A desculpa para esta blindagem é de que ele não estaria no escopo das investigações da midiática operação. Matéria publicada pela Folha neste domingo (18), porém, desmonta esta farsa. Assinada pelo jornalista Mario Cesar Carvalho, ela comprova que “Paulo Preto foge do padrão de ‘correntistas suíços’ da Lava Jato”.

Trump, a guerra do aço e o Brasil

Por Lecio Morais, no Blog do Renato:

No último dia 16/03 o presidente dos EUA, Donald Trump, reconfirmou a imposição de suas sobretaxas sobre o aço e o alumínio. Agora retirando sua aplicação para os membros do Nafta, seu mercado comum com o Canadá e o México. Porém, ainda não assinou, até agora, o decreto necessário para efetivá-las.

Permanece assim a incerteza, não se sabe se a ameaça é para valer ou para se cacifar, jogando pôquer com o mundo. Pretende, de um modo ou de outro, tirar vantagem dos países exportadores do metal, inclusive de seus parceiros leais como o Canadá e a Alemanha. No primeiro caso, na renegociação das regras do Nafta; no segundo caso, forçar a Alemanha a elevar sua participação no financiamento da OTAN; e, provavelmente, em algumas outras negociações menos evidentes.

A vida de Marielle e a morte da democracia

Por Elika Takimoto, na revista Fórum:

Há tempos, muitos de nós alertamos que não estamos mais vivendo em um país democrático. Não se trata de ter um governo que não nos agrade e indignar-se por ver quem votamos ter sido afastada do cargo. Sempre foi algo muito mais profundo. A forma pela qual Dilma foi tirada do poder mostrou claramente que tudo o que está sendo feito não é pensando no melhor para o povo.

Não adiantou áudio, as provas não serviram de nada, malas de dinheiro ficaram invisíveis para quem via o bolsa-família com péssimos olhos e as manchetes e as matérias claramente manipuladoras feitas pela grande mídia nada significavam para quem sempre foi contra as cotas. A lavagem cerebral foi tão intensa que a reforma trabalhista foi desejada por pessoas que não eram grandes empresárias, o projeto de lei Escola sem Partido que amordaça os professores e as professoras chegou a ser aplaudido, o aumento da gasolina não mais incomodou, o sucateamento das Universidades Públicas não comoveu e, além de tantas coisas importantes que nos tiraram, tentaram diminuir a importância da vida de Marielle para o Brasil.

O “chicote hereditário” nas costas do povo

Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:

As arbitrariedades que no cenário do golpe de Estado vêm sendo cometidas pelos torquemadas do Ministério Público, juízes de primeiro grau, tribunais de segunda instância e membros da corte suprema mostram que vivemos no Brasil tempos de opróbrio, crueldade, injustiça e infâmia.

Em meio a tamanho transe, vale recordar o que disse Marx em sua obra “Crítica da Filosofia do Direito de Hegel” sobre a “escola histórica do direito”: “uma escola que legitima a infâmia de hoje com a infâmia de ontem, uma escola que declara como rebelde cada grito do servo contra o chicote, desde que o chicote seja um chicote idoso, um [chicote] hereditário, um [chicote] histórico…”

A vítima é a esperança de mudança

Por Pedro Estevam Serrano

Marielle não era ex de Marcinho VP.

Não teve sua campanha bancada por organização criminosa, como atesta, inclusive, o Procurador competente para investigar essas coisas.

Não teve filho aos 16 anos.

Era sim negra.

Foi sim eleita pela população negra e pobre dos morros cariocas, o único tipo de gente, segundo um Nazareno que viveu a cerca de 2000 anos atrás, que realmente pode ser chamada de “gente de bem” (lembra um papo de uma agulha e de um camelo?).

As digitais da Globo estão no gatilho

Por Ricardo Cappelli, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Globo é de um cinismo impressionante. Patrocina o Golpe. Lidera os absurdos do Estado de Exceção. Alimenta o fascismo e seus patos amarelos. Agora, não satisfeita, tenta sequestrar a alma da vereadora carioca executada brutalmente.

Ideóloga dos absurdos sucessivos que tomaram o país, “sua digital está no gatilho da arma utilizada no assassinato”. Fato consumado, Bonner, no melhor estilo hollywoodiano, veste a roupa de defensor dos direitos humanos e tenta sequestrar a alma da executada. Um cinismo revoltante.

Desembargadora é fanática por Sergio Moro

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Reproduzo abaixo o texto do Tijolaço, reforçando uma informação sobre a desembargadora. Uma informação até meio óbvia, mas que é importante a gente ressaltar.

No Facebook, como era de se esperar, ela manifesta seu “apoio incondicional” (incondicional, para quem tem a lei como condição, já mostra muita coisa) a Sérgio Moro e diz que “honra” a sua toga. Estanha Justiça onde honrar a toga é vilipendiar por um “ouvi falar” a memória de uma mulher assassinada.

Lula em “pratos limpos”

Por Rogerio Mattos, na revista Teoria e Debate:

Ao tratar da Lava Jato, o presente artigo busca não os desdobramentos da operação, mas suas origens, no artigo escrito em 2004 por Sérgio Moro em que exalta a operação Mãos Limpas, na Itália. A colaboração da Transparência Internacional foi fundamental para que a operação fosse realizada, assim como os movimentos de consolidação do sistema euro no país. Buscamos os fundamentos históricos de ambos os fenômenos no que Michel Foucault chamou de “grande encarceramento”, e os fundamentos filosóficos a partir do conceito de “sistema da crueldade”, de Friedrich Nietzsche. Trocam-se as “mãos limpas”, como o protótipo de muitos juízes, Pôncio Pilatos, pelos “pratos limpos”: com Lula, pratos limpos por causa da fome saciada; com Moro, por causa do aumento alarmante da miséria.

Direita tenta matar Marielle pela 2ª vez

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Não há dúvida de que a extrema-direita assassinou a vereadora carioca pelo PSOL Marielle Franco. Além de suas críticas à intervenção no Rio incomodar os militares, foi executada com 4 tiros na cabeça e nada foi roubado. Mas a extrema-direita não está satisfeita; também quer assassinar a reputação daquela de quem tirou a vida.

O assassinato de Marielle caiu como uma bomba na imprensa internacional.



Cármen Lúcia e o crime da prevaricação

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Se faltava um capítulo final para a desmoralização definitiva da Justiça, o duo Luís Roberto Barroso-Cármen Lúcia forneceu. Barroso com sua apoteose mental de se pretender acima do Executivo, do Legislativo e do voto popular e da própria Constituição; Cármen Lúcia pelo crime de prevaricação, um caso inédito, mesmo na conturbada história do Supremo.

Para entender os fundamentos do direito moderno.

Com a constituição dos Estados-nações, estes passaram a ter o monopólio da Justiça. É a única instituição que pode julgar, condenar ou absolver. Como contrapartida, os cidadãos passaram a ter o direito à tutela jurisdicional do Estado, isto é, o direito de terem suas demandas julgadas, como um dos direitos fundamentais.

A guerra suja contra a reputação de Marielle

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Li e não gostei de ter lido uma afirmação caluniosa contra Marielle Franco espalhada por uma desembargadora do Rio de Janeiro.

Você sabe do que estou falando. Se não sabe, aviso que não vou reproduzir a "notícia" aqui porque se trata de uma mercadoria que não atende aos critérios básicos que alimentam essa atividade difícil e perigosa chamada jornalismo.

Sabemos que as mentiras costumam grudar na reputação de uma pessoa - ainda mais, quando ela já não tem qualquer possibilidade de se defender. Seu efeito perverso costuma ser duradouro, porém.