sábado, 24 de fevereiro de 2018

Greve dos juízes provoca vergonha alheia

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Nos anos 90, época em que o Detran do estado do Rio de Janeiro era sinônimo de ineficiência na prestação de serviços à população, além de ser um antro de roubalheira, seus funcionários deflagraram uma greve por tempo indeterminado.

Quando a paralisação já durava mais de 30 dias, um colunista do antigo Jornal do Brasil, se não me engano o Maurício Dias, então editor do Informe JB, saiu-se com esta pérola : “Acho bom os funcionários do Detran voltarem ao trabalho antes que todo mundo perceba que eles não fazem falta alguma.”

MPF manda PF investigar dono da Jovem Pan

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

O Ministério Público Federal determinou à Polícia Federal que abra inquérito para apurar a denúncia contra Antônio Augusto do Amaral Filho, o Tutinha, dono da Jovem Pan e do Pânico, pelos crimes de evasão de divisas, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

A denúncia envolve também três filhos adultos de Tutinha e a prima dele, Maria Alice Carvalho Monteiro de Gouvêa, que seria responsável pelo envio de recursos ao exterior de maneira a dissimular o nome de Tutinha.

As ilegalidades na intervenção no Rio

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Quatro Procuradores Federais de Direitos do Cidadão, liderados pela Procuradora Federal Deborah Duprat, se colocaram contra a intervenção federal no Rio de Janeiro.

Diz a Nota Técnica Conjunta no. 01/2018:

A intervenção é um mecanismo clássico do federalismo e conta com disciplina expressa na Constituição brasileira. Como tal, sujeita-se, desde a sua concepção até a sua execução, a modalidades de controle político, judicial e social.


O poder enlouqueceu a turma de Temer?

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Começou com o marqueteiro de Temer dizendo que este “já é candidato” e que “Se der certo, até o vampirão da Tuiuti pode virar um atributo positivo. Vampirar pode passar a ser transformar, revolucionar”. Temer está bem arranjado no quesito marketing, não?

Depois foi Eliseu Padilha, fiel escudeiro de Temer, a afirmar que o Vampirão pode tentar a reeleição: “não tem ninguém que defenda melhor o governo Temer do que o presidente”. De fato.

Romero Jucá – “com o Supremo, com tudo” – juntou-se ao coro e afirmou que Temer é uma opção do (P)MDB para concorrer a presidência.

Guerra do Rio é só contra os favelados?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Em tempo: na entrevista à BandNews hoje, em Brasília, o presidente Michel Temer falou a José Luiz Datena sobre o que podemos esperar daqui para a frente:

“Não sei se vai haver confronto, mas, se houver confronto entre o marginal, o bandido armado, dando tiro, o militar não vai se deixar matar, não vai deixar a segurança ficar impune, não vai. Se houver necessidade, ele parte para o confronto”.


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A guerra declarada pelo governo brasileiro ao crime organizado no Rio de Janeiro mostrou até agora que tem um alvo prioritário: as 700 favelas da cidade onde vivem 1,1 milhão de cariocas.

Temer está certo: intervenção foi “jogada”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer disse hoje que a intervenção na segurança do Rio de Janeiro “é uma jogada de mestre, mas nada eleitoral”.

E afirmou que “”em política, as circunstâncias é que ditam a conduta. E as atuais mostram que não sou candidato. Eu não serei candidato”.

Pena ter “morrido”, há mais de dez anos, a Velhinha de Taubaté, o personagem do Luís Fernando Veríssimo que era, segundo ele, “a última pessoa no Brasil que ainda acreditava no governo”.

Enciclopédia analisa papel da mídia no golpe

Por Cristiane Sampaio, no jornal Brasil de Fato:

A produção de conhecimento sobre o golpe que depôs a presidenta Dilma Rousseff (PT) em 2016 deve ganhar, no próximo mês, mais uma contribuição. Escrita por jornalistas e outros especialistas, a "Enciclopédia do Golpe – Volume 2" surge no cenário para lançar luz mais especificamente sobre o papel da grande mídia no processo de avanço conservador e de deterioração de direitos que caracteriza atualmente o país. 

Em entrevista ao Brasil de Fato, a jornalista Maria Inês Nassif, umas das organizadoras da obra, aborda as preocupações dos especialistas com o tema. Confira a seguir os principais trechos.

Intervenção militar desloca Bolsonaro

Da Rede Brasil Atual:

Com a experiência de ter sido coordenador de Segurança, Justiça e Cidadania do estado do Rio de Janeiro (1999/2000) e secretário nacional de Segurança Pública (2003), Luiz Eduardo Soares dedica há tempos boa parte da sua vida profissional a um tema tão espinhoso quanto importante e com forte apelo junto à sociedade brasileira.

Com a intervenção militar no Rio de Janeiro posta em prática pelo governo de Michel Temer, o autor de mais de 20 livros, entre romances, dramaturgia e gestão pública, faz uma original análise do que está em jogo neste momento do país.

"Jornalismo profissional" debate suas regras

Por Gabriel Priolli, no blog Nocaute:

Manuais de redação e seminários empresariais de jornalismo contribuem pouco para aprimorar as práticas da atividade, mas têm outras utilidades indiscutíveis.

Servem para polir a autoimagem que o oligopólio da mídia cultua e para transmitir aos cidadãos a ideia de que o jornalismo seria um inesgotável poço de virtudes, se praticado como as grandes empresas do ramo recomendam – e não praticam.

Servem também para que fontes e personagens do noticiário exercitem o beija-mão aos senhores da mídia, sempre tutores do poder no Brasil, dizendo o que eles gostariam de ouvir, ou fazendo críticas pontuais a que eles não darão ouvido.

Nova pauta de Temer tem tudo para fracassar

Por Rodrigo Vianna, em seu blog:

Entre os analistas mais sérios, ficou claro desde os primeiros momentos que a intervenção militar no Rio não guarda qualquer relação com a necessidade de oferecer mais segurança à população. Luiz Eduardo Soares, que foi secretário nacional de Segurança Pública, escreveu sobre isso um artigo lapidar: “De que modo uma ocupação militar resolveria questões cujo enfrentamento exige investigação profunda e atuação nas fronteiras do estado, além de reformas institucionais radicais e grandes investimentos sociais? Os próprios militares sabem que não podem nem lhes cabe resolver o problema da insegurança pública.”

Estaria a corrupção brasileira em queda?

Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:

Como a “luta incansável” contra corrupção saiu das ruas, mas não das manchetes, e como os protagonistas da Lava Jato ainda ocupam lugar de destaque na imprensa tradicional, seria plausível esperar que os índices do Brasil tivessem melhorado muito, não é mesmo?

A organização Transparência Internacional divulgou ontem (21/2) sua classificação de percepção de corrupção em 180 países para o ano de 2017. O Índice de Percepção de Corrupção é uma nota que vai de 0 (maior percepção de corrupção) a 100 (menor percepção de corrupção). São fontes de dados para construção do índice instituições como o Banco Mundial, o Instituto Gallup, o Fórum Econômico Social, as unidades de economia da revista The Economist e do jornal Wall Street Journal, dentre outras. Essas fontes conferem ao índice indiscutível viés da finança internacional.

Os 113 milhões de Paulo Preto ameaçam PSDB?

Da revista CartaCapital:

Apontado como operador do PSDB de São Paulo, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, chegou a ter 113 milhões de reais em quatro contas na Suíça em 2016. A revelação foi feita por integrantes do Ministério Público do país europeu, que compartilharam espontaneamente a descoberta com as autoridades brasileiras.

A existência de contas em nome do ex-diretor da Dersa, órgão paulista responsável por obras rodoviárias do estado, não é uma novidade. O fato novo são os valores movimentados, que podem favorecer uma delação de Vieira de Souza sobre sua relação com o PSDB paulista no âmbito da Lava Jato.