quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Huck garfou R$ 20 milhões da Lei Rouanet

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Os nossos neoliberais gostam de um “projeto social” para seu automarketing, mas detestam por a mão no bolso.

Adoram por a mão no bolso do Estado, isso sim.

O Instituto Criar, pertencente a Luciano Huck, obteve, pela Lei Rouanet, R$ 19,5 milhões de doações convertidas em abatimento no imposto a pagar de grandes empresas – como o Itaú, a Microsoft, Casas Bahia, Ponto Frio, Volkswagen e outras –, um valor que deve chegar a R$ 21 milhões das captações em curso, este ano.

Tuiuti e o arrastão do fim do mundo

As mentiras da mídia sobre a Venezuela

Por João Pedro Stedile

O povo brasileiro vem sendo bombardeado todos os dias por mentiras e manipulações da grande imprensa sobre a situação da Venezuela. As acusações vão desde um governo ditatorial, migração em massa, povo passando fome e até violência diária nas ruas, cometida pela polícia, contra todos.

Vamos aos fatos. Desde que Chavez assumiu o governo pelas urnas em 1999, foram realizadas dezoito eleições. Duas delas o governo perdeu. A oposição direitista governa três estados importantes. Foi o país do planeta que mais eleições diretas realizou em toda história.

Globo fez com Vandré o que faz com a Tuiuti

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Creio que a palavra “Boicote” é a melhor forma de definir os minúsculos segundos assegurados pelo Jornal Nacional ao desfile da Escola Paraíso do Tuiuti, desde já a grande vitoriosa do carnaval carioca de 2018.

Num país onde as instituições políticas se encontram esfrangalhadas - situação para a qual a Globo deu uma contribuição notória e insubstituível -, a Escola não só apresentou boa qualidade técnica e inegável originalidade. Também fez aquilo que se espera da boa arte popular - colocar o dedo na ferida dos problemas que incomodam a vida do povo.

Carnaval avisa que a Globo mexe com fogo

Por Renato Rovai, em seu blog:

O Carnaval é um momento catártico para o brasileiro. É quando ele explode, solta os bichos, celebra a vida, canta suas tristezas e alegrias e flerta com a morte. Tudo se dá no limite.

Evidente que não é um país inteiro na Sapucai ou qualquer outra metáfora global. Há pessoas em retiro espiritual, gente desfrutando de cachoeiras, dezenas se matando de ver séries e comendo pipoca e outras viajando pra fora do país e fazendo selfies.

Mas em tempos de redes sociais digitalmente interconectadas mesmo quem fugiu da folia foi impactado por ela. Entre as muitas mensagens que circularam, algumas se destacam.

Carnaval contra Temer e pelos direitos

Editorial do site Vermelho:

O carnaval é um grande momento de extravasamento dos sentimentos da nação, um termômetro do humor nacional. E, por vezes, vira um grande palco de manifestações políticas. Permite a veemente manifestação do sentimento popular em relação aos governantes, principalmente contra os desmandos autoritários que atacam direitos do povo e dos trabalhadores, privatizam empresas públicas e desmantelam o Estado e a soberania nacional.

Facebook e Google, os novos Leviatãs

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

O crescimento do Facebook e do Google ameaça a economia e a sociedade, alertou o bilionário George Soros em Davos em seu discurso anual sobre as perspectivas mundiais, mas os monopólios globais da tecnologia da informação são só a parte mais vistosa de um problema de proporções imensas. Com crescimento desenfreado em especial a partir dos anos 1980, as multinacionais conquistaram um poder sem precedentes e exercem controle indireto sobre os Estados Nacionais e as sociedades.

As megaempresas transnacionais são os novos Leviatãs, na definição cunhada em 2005 pelos economistas Alfred D. Chandler e Bruce Mazlish, que consideraram o poderio do bloco privado superior ao do Estado Nacional, rotulado com aquela metáfora bíblica pelo filósofo Thomas Hobbes no século XVII.

O lucro dos bancos e o "Bolsa Família"

Por Mauro Lopes, em seu blog:

2017 foi um dos piores anos da história para o povo brasileiro: mais de 12 milhões de desempregados, a volta do terror da fome, redução ou fim de programas sociais (veja aqui também). Para os banqueiros e seus associados, os rentistas, foi uma festa de gala: o lucro dos três maiores bancos no ano passado foi de R$ 53,8 bilhões, mais de duas vezes o orçamento do Bolsa Família para 2018, de R$ 28,7 bilhões. Em cinco anos, o lucro dos bancos saltou nada menos que 127%.

O sacrifício do Brasil em prol dos EUA

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

No início dos anos 40, enquanto as nações ricas se destruíam umas às outras na II Guerra, um poeta brasileiro, angustiado com as terríveis disparidades sociais que assolavam o nosso continente, se perguntava “como poderia compreender-te, América? É muito difícil”.

No tempo de Drummond, não havia internet, muito menos estatísticas atualizadas mensalmente, acessíveis a qualquer interessado. Os intelectuais dispunham de menos armas informativas para fazer o bom combate político. Eles sabiam o básico, de qualquer forma: que os países ricos eram ricos porque exportavam produtos industrializados com alto valor agregado, ao passo que os países pobres eram pobres porque se restringiam a exportar matérias primas.

Mais uma comunidade se levanta por Lula

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Enquanto os blocos esquentavam o asfalto e as escolas iluminavam a Sapucaí, apareceu na favela da Rocinha aquela faixa: “Se Lula for preso o morro vai descer”. Os cariocas sabem o que significa o morro descer. Já aconteceu algumas vezes e começa com o fechamento da auto-estrada Lagoa-Barra e o túnel Zuzu Angel. Mas não foi só lá. Amigos do Rio informam que apareceram faixas de solidariedade a Lula também no Morro do Juramento, na Favela da Maré e no Morro do Fallet, em Santa Tereza. Só consegui foto da faixa do Juramento, que diz: “Carnaval sem Lula é fraude. Moro, juiz imoral. Moro, juiz parcial”.

Tuiuti desceu o morro e calou os paneleiros

Foto: G.R.E.S. Paraíso do Tuiuti
Por Anderson Moraes, no site Jornalistas Livres:

A Tuiuti merece mais que o título. Ela tem que ser reverenciada pela obra por décadas e estudada nas escolas. Diz o sábio mestre Candeia ao amigo Carlos Mumu Oliveira. Dois símbolos de um Rio de Janeiro que combate e sorri. Na mesa de um bar esta estória se deu de forma “real” como homenagem ao desfile que emocionou e deu recado ao mundo.

Logo, Candeia, já emenda: “Passa a porção de manjuba, meu amigo, que hoje o papo é sério”.

Candeia mastiga, toma um gole da sua cerveja e continua sua análise. “Vi esse desfile em lágrimas e pensei: Isso é o nosso Quilombo”.

Crivella: um ano de culto à intolerância

Por Maurício Thuswohl, na Rede Brasil Atual:

O ano mal começou, e o anúncio do fechamento por tempo indeterminado da cinquentenária Casa do Jongo da Serrinha já dá mostras de que em 2018 a rotina de abandono pela Prefeitura do Rio de Janeiro das manifestações culturais ligadas a matrizes africanas repetirá o ano anterior. Mesmo tombada em 2005 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Imaterial da Região Sudeste, a tradicional casa localizada no bairro de Madureira (zona norte) viu ser interrompido desde outubro o repasse financeiro que recebia da Secretaria Municipal de Cultura. “Não sabemos sequer o motivo. Tentamos várias reuniões, mas nunca fomos recebidos”, diz Dyonne Boy, diretora da ONG que administra o espaço.

Por que Leilane Neubarth acusou o golpe

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Leilane Neubarth ficou chateada com uma provocação de Leonardo Boff.

“Com é que os jornalistas homens e as jornalistas mulheres da Globo estão suportando tanto constrangimento do que se viu e ouviu no Carnaval? É duro ter que assumir a ideologia retrógrada do Grupo Globo. Tenho pena da Leilane Neubarth”, escreveu Boff no Twitter.

Ela acusou o golpe.

“Com todo respeito, guarde sua pena para as pessoas que passam necessidade ou precisam da sua ajuda. Eu sou uma profissional realizada, uma mãe feliz e uma mulher muito amada”, listou.

Fux, Huck, FHC e os homens sem honra

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

O ministro Luiz Fux é um ficha suja. Não por determinações judiciais, mas o é de fato. A ficha suja de Fux (liminar na Ação Ordinária 1.773), a concessão de benefícios imorais ilegais e inaceitáveis aos juízes na forma inescrupulosa do auxilio moradia importa a saída de cerca de um bilhão de reais por ano dos cofres públicos. Sendo uma forma de salário indireto, uma forma de sonegação fiscal, os juízes deixam de pagar cerca de R$ 360 milhões por ano em imposto de renda por conta da ficha suja de Fux. Tudo somado, são vários bilhões desde 2014. É um assalto.

Globo esconde paneleiros que ela incentivou

Do blog Viomundo:

Era madrugada no Rio quando a Paraíso do Tuiuti entrou na Marquês de Sapucaí cantando:

Não sou escravo de nenhum senhor
Meu Paraíso é meu bastião
Meu Tuiuti o quilombo da favela
É sentinela da libertação


A ideia do enredo era mostrar que a escravidão acabou, só que não. Ela continua, sob outras formas.