sexta-feira, 30 de junho de 2017

Rocha Loures, ‘homem da mala’ de Temer

Por Altamiro Borges

Pesquisas recentes têm apontado a queda de credibilidade do Poder Judiciário. E não é para menos. A sua seletividade fica cada dia mais evidente. O caso do sindicalista João Vaccari, ex-tesoureiro do PT, é emblemático. Durante mais de dois anos, ele foi mantido preso com base em delações sem qualquer prova material da midiática Operação Lava-Jato. Nesta semana, foi aprovada a sua soltura da cadeia, mas o carrasco Sergio Moro desacatou a decisão. No outro extremo, Rodrigo Rocha Loures, assessor especial do presidente golpista que foi filmado pela Polícia Federal após ter recebido uma mala com R$ 500 mil de um chefão da JBS, acaba de ganhar a sua liberdade após passar alguns dias na prisão. Nesta sexta-feira (30), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar o "homem da mala" de Michel Temer. Dá para acreditar que a Justiça é cega no Brasil?


Gentile e Joice são derrotados na Justiça

Por Altamiro Borges

Dois ícones da extrema-direita, o “humorista” Danilo Gentili e a “jornalista” Joice Hasselmann, acabam de sofrer importantes derrotas na Justiça. Ambos ganharam os holofotes da mídia ao incentivarem as marchas golpistas contra Dilma Rousseff e ao destilarem ódio e preconceito na sociedade. Na sequência, como bagaços, eles foram descartados de algumas empresas em que prestavam seus serviços sujos e, agora, eles também levam surras jurídicas. Na quinta-feira (29), o juiz José Zoéga Coelho, do Juizado Especial do Fórum da Barra Funda (SP), rejeitou a ação de Danilo Gentili contra o respeitado jornalista esportivo José Trajano. Já o juiz Rodrigo Cesar Marinho, da 4ª Vara Cível de São Paulo, condenou Joice Hasselmann a indenizar Luiza de Aguirre Nassif, filha do jornalista Luis Nassif, por danos morais.

A elite se lixa para o sofrimento do povo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Ontem, a economista Monica de Bolle – neoliberal civilizada – disse à BBC que “‘Elite da elite’, governo Temer não entende o que é estar desempregado no Brasil“.

Mesmo no conservador Reino Unido, num governo conservador como o de Teresa May, a elite é menos insensível.

Meu amigo Hayle Gadelha manda, fresquinho, comentários sobre uma matéria do The Guardian sobre a visita do diretor e potencial novo presidente do Bank of England, o BC deles, a áreas empobrecidas do país, como o País de Gales, para ouvir as queixas da população, antes de tomar as decisões de políticas econômicas mais duras ainda.

Renan reconhece erro do golpe contra Dilma

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Depois de renunciar à liderança do PMDB na quarta-feira, chamando Temer de covarde e apontando a influência de Eduardo Cunha em seu governo, o senador Renan Calheiros reconheceu que o impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff foi um erro pelo qual o país está pagando caro.

- É claro que foi um erro. A ideia de que todos os problemas se resolveriam com o afastamento dela foi uma estratégia do Eduardo Cunha para governar sob as costas do Michel. Quando ela entregou a coordenação política ao Temer, eu tentei mostrar que aquela era uma aliança temerária. Todos os problemas se agravaram e agora a crise política está chegando a uma situação-limite, está cobrando uma saída, seja com a antecipação de eleições, como defendeu o Fernando Henrique, seja com a adoção do parlamentarismo. Agora que me liberei do desconforto da liderança espero poder contribuir mais neste sentido.

O novo vírus global e as digitais da NSA

Por Bryan Clark, no site Outras Palavras:

A Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA começou, há mais de cinco anos, a usar uma ferramenta de invasão de computadores denominada EternalBlue. Durante este tempo, a agência descobriu sua capacidade sem paralelos de violar redes, aproveitando-se de uma falha no sistema operacional Windows. A brecha foi considerada tão perigosa, entre integrantes da NSA, que a agência considerou a hipótese de revelá-la à Microsoft, responsável pelo Windows.

Enquanto debatia, a agência continuou usando a ferramenta – e ponderando as implicações devastadoras do que poderia ocorrer se o EternalBlue alguma vez escapasse do controle.

Então, isso aconteceu.

Paulo Nogueira (1956 – 2017)

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Paulo Nogueira morreu na noite de 29 de junho. Tinha 61 anos.

Estava com câncer. Depois de uma batalha de dez meses, finalmente descansou.

Paulo está vivo.

Paulo está em seus filhos: meus sobrinhos Emir, Pedro, Camila e Fernando. Paulo está em minhas cunhadas Erika e Luísa.

Está nos seus irmãos Mari, Zé, Kika. Nos seus sobrinhos e sobrinhas. Na minha tia Maria Ely. Nos amigos, como Sergio Berezovsky, Caco de Paula, Bia Parreiras e aqueles que peço desculpas por não citar nesse momento.

Temer fará o povo pagar para trabalhar

Por Martha Raquel, no site Jornalistas Livres:

Bilhete Único, Vale-Transporte BOM, Vale Alimentação, Vale Refeição e convênio médico. Esses são os cartões que me salvam todos os meses. Jornalista formada há pouco mais de um ano, nunca tinha trabalhado num regime de CLT. Todas as minhas experiências anteriores foram ou estágio ou contrato temporário ou como pessoa jurídica e eu já estava acostumada a reservar pelo menos metade do meu salário para gastos como alimentação e transporte.

Não gosto de usar carteira, então comprei uma capinha de celular que consigo guardar meus cartões. Durante uma festa esqueci meu celular no banheiro e encontrei 30 minutos depois. Comentei com uma amiga, desesperada, que se perdesse o celular estaria ferrada – não só pelo celular, mas principalmente pelos cartões que estavam ali dentro.

A batalha final da 'reforma' trabalhista

Da Rede Brasil Atual:

Última etapa antes do plenário, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou relatório de Romero Jucá (PMDB-RR) sobre o projeto de lei (PLC 38) de "reforma" da legislação trabalhista, depois de quase 14 horas de sessão nesta quinta-feira, das 10h10 até pouco antes da meia-noite. Foram 16 votos a favor e 9 contra, com uma abstenção, mesmo com Michel Temer denunciado pelo Ministério Público, o que foi constantemente lembrado durante a sessão (confira, ao final do texto, o voto de cada senador na CCJ).

O fim do breve ciclo da cidadania social

Por Eduardo Fagnani, no site Brasil Debate:

Há menos de cem anos, a sociedade brasileira era majoritariamente formada de uma massa de analfabetos rurais, brancos e negros, submetidos aos resquícios da escravidão e destituídos de direitos elementares, como o direito à própria vida. Não é por outra razão que a natureza da cidadania no Brasil é o avesso de outras experiências nacionais, como a Inglaterra (Marshal, 1967), por exemplo, onde os direitos civis, os direitos políticos e os direitos sociais foram consagrados nos séculos 18, 19 e 20, respectivamente.

Dallagnol, cadê a transparência?

Por Marcelo Auler, em seu blog:

Autointitulado bastião da moralidade, o messiânico procurador da República Deltan Dallagnol, visto por todos como o São Jorge que combate o dragão da corrupção, precisa incorporar ao seu dia a dia uma das teses que sempre defendeu ao compactuar com vazamentos seletivos de informações sigilosas para a imprensa: a transparência.

Esta, todos sabem – e ele, mais do que ninguém – deve ser regra e não exceção ao lidarmos com informações do interesse público e, principalmente, com relação aos agentes públicos.

Como tal, Dallagnol não pode recorrer à privacidade no momento em que se fala de remuneração, principalmente por que no seu caso a principal fonte é o cofre da União. Direito à privacidade ele tem com relação a aplicação do salário que recebe, algo que lhe diz respeito.

Facebook: um projeto para dominar o mundo

Por Renata Mielli, no site Mídia Ninja:


O Facebook atingiu a impressionante marca de 2 bilhões de usuários em todo o planeta. Aproximadamente 25% da população mundial está na plataforma fundada por Mark Zuckerberg. Isso deveria ser motivo de uma séria e profunda reflexão sobre o papel desta plataforma na sociedade hoje.

Nascido em fevereiro de 2004 para ser uma rede de relacionamento para os estudantes da Universidade de Harvard, o Facebook, em apenas 13 anos, transformou-se num dos maiores – senão o maior – monopólio privado de comunicação do mundo.

Ao longo desta década, a existência do Facebook teve impacto importante nos hábitos de consumo de notícias, no padrão de ‘relacionamento’ entre as pessoas e organizações e tem crescentemente influenciado decisões políticas e eleitorais.