sábado, 29 de abril de 2017

João Doria, a mortadela e o caviar

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Esta aberração marqueteira que ocupa o cargo de prefeito de São Paulo anda precisando de quem lhe enfrente e certamente não merece que seja Lula, porque isso é tudo o que ele quer, já que sua ação política e administrativa, como tudo o que fez na vida, é marketing.

Agora está nos jornais dizendo que as pessoas que protestaram, ontem, contra a reforma da previdência, foram lá para ganhar R$ 100, um sanduíche e uma lata de refrigerante.

Lula no ato em defesa da indústria naval

Globo faz jornalismo ruim e culpa a greve

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Passei a tarde de 28 de abril hoje ouvindo – na TV – depoimentos de cidadãos comuns a repórteres da Globo que ficaram sem transporte em função da greve geral. O tom da cobertura era previsível: pobres cidadãos indefesos que tiveram seu dia arruinado pela paralisação de trabalhadores, a maior de nossa história.

Parece que a culpa pelos transtornos enfrentados pelas pessoas nas rodoviárias e nas estações de trem e do metrô deve ser atribuída ao movimento sindical. Bobagem.

Com um mês de antecedência, as centrais sindicais informaram ao país inteiro que os trabalhadores iriam cruzar os braços no 28 de março. Incluía-se aí, evidentemente, a paralisação dos transportes, ação tradicional em toda paralisação desse porte – na Grécia, na França, ou no Brasil.

A greve geral e o jabá no Ratinho

Temer no Ratinho
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Faz sentido o ministro da Justiça Osmar Serraglio, indicação de Eduardo Cunha, se fazer de desentendido diante da greve geral.

Para Serraglio, que chamou líder de esquema descoberto na operação Carne Fraca de “grande chefe”, as manifestações foram “pífias” e não tiram “a expressão que se imaginava ter”.

Diz ele que “forçou-se até a situação quando se percebeu que os resultados não eram os imaginados”.

“Vimos provocações em alguns lugares, interdições em outros locais, mas aqueles movimentos que nós fizemos de milhões não aconteceu. Logo, nós iremos prosseguir com as reformas que estamos introduzindo”, falou.

Greve e desemprego enterram o golpe!

A greve geral e o passo seguinte

Do site Carta Maior:

O passo seguinte da greve geral de 28 de abril aponta inevitavelmente para um fórum unificado, que aprofunde a discussão de uma plataforma de emergência capaz de superar a grave encruzilhada política e econômica na qual o golpe de 2016 aprisionou a nação brasileira.

A tarefa de repactuar a sociedade com uma democracia revigorada, um crescimento justo e uma soberania feita de autonomia nas decisões do interesse popular não será urdida em gabinetes.

Ela só reunirá força transformadora se for sedimentada nas ruas, na mudança de correlação de força que sucederá às seguidas mobilizações de massa, como a deste histórico 28 de abril de 2017.

"Vagabundo" não é quem faz greve...

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Direitos que você tem hoje, como aposentadoria, férias, 13º salário, limite de jornada de trabalho, descanso aos finais de semana, piso de remuneração, proibição do trabalho infantil, licença maternidade não foram concessões vindas do céu. Mas custaram o suor e o sangue de muita gente através de diálogos e debates, demandas e reivindicações, paralisações e greves, não só no Brasil, mas em todo o mundo.

É função de empregadores e políticos fazerem parecer que foram eles que, generosamente, ofereceram direitos. E função da História contada pelos vencedores registrar isso como fato inquestionável, retirando do povo, a massa muitas vezes amorfa e sem rosto, o registro dessas vitórias.

'Veja' toma a maior chinelada na greve geral

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Coitada da Veja. Depois de só falar mal da greve geral, resolveu fazer enquete com a pergunta: você é a favor da greve geral? O resultado está na imagem acima.

Tomou a maior chinelada de sua vida.

Menos de 4% de um total de 700 mil pessoas que responderam à enquete disseram não, ou seja, se posicionaram contra a greve.

É mais ou menos o mesmo percentual de apoio a Michel Temer, hoje em 4%, segundo a pesquisa Ipsos, a última realizada.

Greve geral fortalece a luta democrática

Salvador, 28/4/17. Foto: Cadu Cando/Mídia NINJA
Editorial do site Vermelho:

Com a adesão de 35 milhões de trabalhadores, segundo alguns líderes sindicais, a greve geral que aconteceu hoje (28) já pode ser considerada a maior já vista no Brasil.

Sua importância não é apenas numérica. A extensão da greve (tanto geográfica, envolvendo todo o país, quanto social, mobilizando quase todos os setores da sociedade) é revelada por alguns indicadores que mostram que o povo sente seu futuro ameaçado ante a perda de direitos que o governo golpista tenta impor.

Alguns destes fatores precisam ser arrolados na avaliação da greve.

Greve geral aponta nova perspectiva de luta

Florianópolis, 28/4/17. Foto: Mídia Ninja
Por Renato Rovai, em seu blog:

A greve geral de hoje é uma demonstração clara e evidente de que não vai ser nada fácil para o golpismo enfiar goela baixo dos trabalhadores suas reformas.

Mas não é só isso. É muito mais.

O movimento social está dando um baile de inteligência e estratégia nos protestos, que estão sendo realizados numa lógica de guerrilha e de redes.

Greve geral afetará novas votações

Macapá, 28/4/17. Foto: Azyara
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Temer e seu governo não passam recibo mas sabem que a greve geral desta sexta-feira terá conseqüências. O recado foi claro: é ampla e geral a insatisfação dos brasileiros com as reformas que tiram direitos e com os rumos do governo. E sabendo ler um recado social tão claro, muitos deputados não votarão a favor da reforma previdenciária. Ainda mais se governo cumprir a ameaça de demitir os apadrinhados dos que votaram contra a reforma trabalhista ou dela se ausentaram, substituindo-os por indicados de governistas leais.

Greve geral e a aula de (não) jornalismo

Foto: Mídia Ninja
Por Roberto Bitencourt da Silva, no Jornal GGN:

Observando o desespero demonstrado nas expressões faciais dos repórteres de campo, assim como o desconforto manifestado por analistas nos estúdios televisivos dos grandes meios de comunicação, sobretudo das Organizações Globo, pode-se afirmar que a greve geral alcançou extraordinário êxito.

Teve a feliz capacidade de repercutir e expressar as reivindicações, os protestos, as angústias e os pontos de vista de milhões de trabalhadores brasileiros. Mesmo que demasiadamente a contragosto, a grande mídia se vê forçada a noticiar a força mobilizatória do mundo do trabalho.

As narrativas e abordagens, como habitualmente ocorre naquilo que importa aos interesses populares, tenderam a demonizar os manifestantes e os grevistas. As suas vozes, praticamente silenciadas, significativamente desconsideradas pelo noticiário. Aos trabalhadores grevistas e manifestantes não é conferida qualquer legitimidade para falar.