sábado, 15 de abril de 2017

Temendo a queda, Judas acelera ‘reformas’

Por Altamiro Borges

A quadrilha que assaltou o poder em Brasília está desesperada. A popularidade de Michel Temer despenca em ritmo acelerado – segundo a mais recente pesquisa Vox Populi, apenas 5% dos brasileiros ainda confiam no usurpador. A economia segue em queda, apesar do discurso otimista da mídia chapa-branca. E a “lista de Fachin” atingiu em cheio o golpista, que “abençoou” as propinas da Odebrecht, segundo um dos executivos da empreiteira. Diante do risco iminente da sua queda – que já é prevista pela imprensa internacional –, Michel Temer tenta acelerar as suas contrarreformas. Ele encara como sendo o único caminho para agradar a elite (ou cloaca) empresarial, que financiou o golpe dos corruptos, e para garantir uma sobrevida à quadrilha moribunda.

"Justiceiro" é a nova versão da direita

Pedro Serrano
Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

Em sua participação nas Jornadas de 2017 o jurista Pedro Serrano, professor de Direito Constitucional da PUC-SP, abordou a questão do Estado de exceção na contemporaneidade, mostrando como a exceção tomou conta do país ao ingressar no ambiente do Direito e se tornar um modo de gestão estatal da violência pelo Estado.

Partindo das transformações do capitalismo global, a partir da década de 1980, Serrano analisou como o Estado autoritário é uma exigência dessa nova ordem, capitaneada pelo capital financeiro, tecnológico e militar. Uma de suas atribuições, inclusive, é gerenciar a violência resultante da imensa desigualdade social provocada por essas transformações.

Quem vai juntar os cacos do Brasil?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Esta pergunta já foi título de outra coluna aqui no 247. Isso quando a marcha da Lava Jato, buscando a deslegitimação do sistema político (objetivo defendido pelo próprio Sergio Moro naquele seu tão citado artigo louvando a Mãos Limpas) indicava que o Brasil acabaria se espatifando. Na marcha insana contra o PT e contra Lula, em nome da moralidade os desastres foram se sucedendo até chegarmos ao momento atual: feriu-se a democracia com um golpe, desorganizou-se a economia com a posse de um presidente ilegítimo e a adoção de uma política econômica equivocada para o momento recessivo e, finalmente, o sistema político foi implodido. E agora, o que propõem os que conduziram a detonação? Quem apontará e viabilizará a saída política pela democracia, pelas eleições gerais ou pelo estabelecimento de um novo pacto político através de uma Constituinte?

'Reforma' da Previdência é uma mentira!

Justiça assume o poder, sem voto nem povo

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O sistema político implodiu. A República de 1988 chegou ao fim, mesmo que ainda tenha forças para se arrastar moribunda pelo chão.

O Poder Judiciário e o Ministério Público, numa aliança prolongada com a Globo e a mídia comercial, assumem o poder. Reparem: são 3 poderes que não se submetem à chancela do voto. MPF, STF e Globo. E se retroalimentam, absorvendo a legitimidade que tiraram do sistema político.

A cobertura da Globo sobre a lista de Facchin/Janot segue a lógica esperada: 10 minutos de bombardeio intenso contra Lula, e uma cobertura muito mais diluída quando os alvos são tucanos. Mas a novidade é essa: rompeu-se a blindagem tucana.

"Reforma": o que era ruim, ficou pior!

Por Marcos Verlaine, no site do Diap:

O relator do projeto que trata da “reforma” trabalhista (PL 6.787/16), deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), apresentou parecer, na forma de substitutivo, à proposta do governo, no dia 12 de abril. O que já era ruim, ficou muito pior. O parecer é obra de catedráticos do mercado. Foi feito a várias mãos. Cuidaram de tudo. Grosso modo, não tem brechas ou erros que possam comprometê-lo.

O substitutivo dos catedráticos do mercado é de fato uma reforma para o mercado e o capital, e o desmonte para os trabalhadores e suas organizações protetivas, os sindicatos. Trata-se, portanto, “da mais profunda e extensa proposta de precarização das relações de trabalho dos últimos 70 anos”, como preconiza nota técnica sobre o substitutivo, elaborada pela LBS Advogados, parceiro do DIAP.

Temer compra o apoio da imprensa

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Acendeu o sinal amarelo no Planalto. Uma rachadura na antes sólida base aliada está dificultando a aprovação da Reforma da Previdência. Segundo levantamento feito pelo Estadão, 275 deputados são contra as mudanças e apenas 101 são a favor. Por isso, o governo passou a distribuir cargos e emendas parlamentares em troca de apoio. Até aí, nenhuma novidade. Esta é uma prática comum na democracia brasileira e todos os governos anteriores lançaram mão dela. Mas uma outra estratégia do governo foi anunciada essa semana sem o menor pudor: distribuição de verbas publicitárias em troca de apoio editorial à Reforma da Previdência.

Esquerda amplia as chances na França

Do site Vermelho:

O primeiro turno da eleição presidencial na França tornou-se mais disputado, com a ascensão repentina do candidato Jean-Luc Mélenchon que, da quinta posição nas sondagens, subiu para o terceiro posto, a apenas 2 pontos dos líderes, Emanuel Macron e Marine Le Pen, que têm 22 pontos. O líder do França Insubmissa agora tem amplas condições de disputar o segundo turno das eleições no país, no dia 7 de maio.
A nove dias da votação, uma pesquisa de opinião mostra os três candidatos principais com mais oportunidades de chegar ao segundo turno, disputado pelos dois mais votados.

Assédio e TV: tudo a ver

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Em poucos dias, quatro personagens que gozam dessa geleia indistinta chamada ‘celebridade’ mostraram o que têm de pior. José Mayer foi autor de agressão sexual contra uma funcionária da emissora em que trabalha, a Rede Globo. Sílvio Santos cometeu assédio moral ao vivo e em cores contra uma jornalista do SBT, onde é o “patrão”. O cantor Victor, que apresentava um concurso de calouros para crianças, passou a ser réu no processo por violência física à mulher, grávida de seu filho. Inquérito por agressão à namorada tirou o médico Marcos Harter do BBB 17.

Aprovação de Temer despenca para 5%

Da Rede Brasil Atual:

Nova pesquisa CUT/Vox Populi indica que a aprovação de Michel Temer como presidente cai na mesma velocidade em que aumenta o número de brasileiros contrários à reforma da Previdência e à terceirização irrestrita em todos os níveis das empresas. Segundo o levantamento, apenas 5% dos brasileiros consideram o governo Temer positivo – 65% avaliam seu desempenho negativamente e 28%, regular. Em dezembro do ano passado, no último levantamento do instituto, os índices foram de 55% de avaliação negativa, 32% regular e 8% positiva.

Meirelles é 'fritado' pela base governista

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O estrago causado pelas delações da Odebrecht domina o noticiário desde que em março a Justiça recebeu o pedido de abertura de mais de 80 investigações contra políticos. Melhor para Henrique Meirelles. O ministro da Fazenda desperta críticas crescentes em Brasília entre partidos aliados do governo, devido à falta de resultados e às medidas impopulares, um fenômeno não muito notado. No “mercado”, reduto de seus fãs, inclusive despontam previsões de mais recessão em 2017.

Nas contas de André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, o Brasil encolherá 0,2%, embora a estimativa oficial do governo seja de uma expansão de 0,5%. O ritmo negativo do PIB no último trimestre de 2016, diz Perfeito, apontava uma retração potencial de até 1% este ano. A certeza de que tal destino se confirmará vem da falta generalizada de demanda.

Como um veto de Moro beneficiou Temer

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Exibindo uma postura descontraída, o executivo Marcio Faria, da área internacional da Odebrecht, consumiu um minuto e 19 segundos de sua delação premiada para registrar um fato que sempre chamou atenção de advogados e réus implicados na Operação Lava Jato. O veto de Sérgio Moro a hoje célebre pergunta número 34 que Eduardo Cunha tentou fazer a Michel Temer, testemunha de defesa, onde se referia a uma reunião em julho 2010, no escritório do então candidato a vice-presidente.

Minha doce resposta ao Diogo Mainardi

Por Renato Rovai, em seu blog:

Mainardi me xinga de bandido e criminoso num vídeo que acaba de divulgar no Antagonista. Bateu o desespero no cara. Se ele acha que eu tenho medo de cara feia e de ameaça feita com postura de louco, tá muito enganado. Evidente que como bom democrata vou lhe dar o direito de provar o que está dizendo.

Quanto ao que escrevi, ele tem que resolver seu problema com quem o delatou. E tem que aproveitar e pedir pro marqueteiro do Aécio ficar de bico fechado sobre suas relações com o Antagonista.