terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Temer destrói contas públicas e culpa Dilma

Por Altamiro Borges

Marcela Temer, a primeira-dama “recatada e do lar” que recentemente foi censurada pelo marido, deveria sugerir a ele que deixasse de falar besteiras. Fica até parecendo que o rapaz está meio gagá. Nesta terça-feira (31), foram divulgados os dados sobre as contas públicas em 2016. Uma tragédia! O déficit primário acumulado foi de R$ 155,791 bilhões – o pior da história recente do país. Diante destes números dramáticos, que só confirmam o desastre causado pelo “golpe dos corruptos” e a total incompetência da quadrilha que assumiu o poder, Michel Temer afirmou que a culpa é do governo anterior. Haja cinismo!

Temer ignora STF e esconde “lista suja”

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira ainda não divulgou o cadastro de empregadores flagrados com mão de obra análoga à de escravo, a chamada ''lista suja'' da escravidão.

Criada em 2003 pelo governo federal, a ''lista suja'' é considerada pelas Nações Unidas um dos principais instrumentos de combate ao trabalho escravo no Brasil e apresentada como um exemplo global por garantir transparência à sociedade e um mecanismo para que empresas coloquem em prática políticas de responsabilidade social.

Temer e o fabricante de balas de borracha

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Tempos cada vez mais sombrios na presidência da República: foi anunciado hoje em Brasília que, entre os novos membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o “conselhão” criado por Lula, será empossado o empresário Carlos Erane de Aguiar, que preside a Condor Tecnologias Não-Letais e o Sindicato Nacional das Indústrias de Materiais de Defesa (Simde). A Condor, empresa de Nova Iguaçu (RJ), é uma das maiores fabricantes de balas de borracha, gás lacrimogêneo e spray de pimenta do mundo. Ou seja, um especialista em reprimir manifestações virou conselheiro da presidência da República. Tudo a ver com a era Temer.

Trump: as contradições na burguesia dos EUA

Por Gaio Doria, no blog Resistência:

Para uma parte considerável dos observadores das últimas eleições estadunidenses, a vitória de Donald Trump apareceu como uma grande surpresa. Como foi possível um racista, misógino e “fascista” se eleger presidente no “país mais importante do mundo”? Ainda mais surpreendente, um candidato supostamente anti-establishment que enfrentou forte oposição até mesmo dentro da própria legenda por onde concorreu.

A delação e a dança dos mineirinhos

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – o assalto final ao país

Tem-se um presidente da República suspeito de corrupção. Seu preceptor maior – ex-deputado Eduardo Cunha – já está preso. Se receberem o mesmo tratamento dado a Cunha, seus dois lugares-tenentes – Ministro Eliseu Padilha e Secretário Moreira Franco – também irão para a prisão.

Nos últimos tempos, no entanto, esse grupo abaixo de qualquer suspeita, colocou em prática as seguintes medidas, tentando desesperadamente acumular poder para impedir a marcha dos processos:

1. Assumir o controle geral das definições de produtos de conteúdo nacional para as compras públicas, colocando de lado os técnicos do BNDES e Finep. Empresa que quiser ter seu produto enquadrado, terá que beijar as mãos do grupo.

Sardenberg articula o pensamento da Globo

Do blog Viomundo:

Em comentário na rádio CBN, Carlos Alberto Sardenberg colocou o milionário Eike Batista no colo de Lula e Dilma.

Referiu-se a fotos publicadas nos jornais “provando” a proximidade entre o trio e disse que Eike é o exemplo descarado do capitalismo “de favor”.

Tomado por súbita amnésia, esqueceu que trabalha num império construído de braços dados com a ditadura militar.

O preço da mixofobia de João Dória

Por Jorge Felix, no site Brasil Debate:

O diversionismo é o instrumento mais vulgar do marketing político. Quando o governante intenta omitir algum ato ou projeto, inventa algo atraente para a imprensa e, sobretudo, seus adversários, ocupando assim aqueles que deveriam fiscalizar ou conhecer as suas verdadeiras intenções e ações. É receita conhecida do jornalismo político em primeiros dias de mandato. O maior exemplo na história foi o de Jânio Quadros na Presidência da República com suas ordens para criar um uniforme civil (o safari), proibir o biquíni na transmissão do concurso de miss, criminalizar o lança perfume, entre outras notícias com potencial para deixar jornalistas sem dormir de tanto trabalho.

E se um juiz não for com a sua cara?

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                        

Não existe mais segurança jurídica no Brasil. As prisões preventivas e provisórias, que deveriam ser exceções, são regras. O encarceramento está banalizado. O punitivismo radical aplaudido pela sociedade idiotizada pela mídia contribui fortemente para que já tenhamos a quarta maior população carcerária do planeta, a caminho da terceira colocação.

Dias desses presenciei em um restaurante uma cena emblemática de como o estado de exceção captura corações e mentes. Um grupo de rapazes na mesa ao lado comemorava a notícia do mandado de prisão contra o empresário Eike Batista, de olhos vidrados no aparelho de TV sintonizado na Globo, é claro.

Janot deve pedir suspensão do sigilo

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Depois de receber o documento do Supremo Tribunal Federal com a homologação, pela ministra Cármen Lúcia, das delações dos 77 executivos da Odebrecht - o que deve acontecer ainda hoje - o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve pedir ao STF o levantamento do sigilo sobre as delações, que foi mantido pela ministra. Ele poderá fazer a solicitação a ela mesma, mas fontes da PGR acham que o ideal será apresentar o pedido ao novo relator da Lava Jato, decisão que acontecerá a partir de quarta-feira, quando acaba o recesso do judiciário. 

Lava-Jato, Globo e a explosão da miséria

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Pobre Brasil.

Hoje o Valor, noticiou – sem destaque, claro, porque essa não é uma notícia que interessa à mídia corporativa, hoje empenhada em consolidar o golpe – uma notícia terrível, da qual reproduzo um trecho:

Com crise, base da pirâmide cresce e volta aos níveis de 2011

As classes D e E ganharam 4,3 milhões de famílias nos últimos dois anos e voltaram a representar 56,5% do total de domicílios do país, nível próximo do registrado em 2011, 57,4%. A proporção chegou a 51,4% em 2014, a menor observada durante o processo de mobilidade social que começou em 2003, quando 70,2% estavam na chamada base da pirâmide.


Reparem bem. As classes D e E representavam 70% da população brasileira em 2003. Caíram para 51% ao final de 2014, após três gestões petistas.

Rombo da previdência é discurso falacioso

Por Esther Dweck, no jornal Brasil de Fato:

Com o falacioso discurso de rombo da previdência e de que o objetivo da reforma é garantir o sistema para as novas gerações, tentam amedrontar a população, inclusive com uma campanha publicitária com dados, no mínimo, controversos.

A proposta em nada tem a ver com a sustentabilidade no futuro. O impacto é de curtíssimo prazo, atingindo grande parte dos que poderiam se aposentar nos próximos 10 anos, e priva diversos cidadãos do direito ao sistema público de previdência. A esses restará o sistema assistencial, que também é destruído enquanto garantia uma renda real mínima.

As razões do caos na Venezuela

Por Renaud Lambert, no site da Fundação Maurício Grabois:

A memória é por vezes cruel. Em 2 de fevereiro de 1999, em Caracas, um homem moreno pronunciou seu primeiro discurso de presidente. Seu nome: Hugo Chávez. “A Venezuela está ferida no coração”, afirmou citando Francisco de Miranda, herói da independência. Ele descreveu a crise “ética e moral” pela qual passava então seu país. Esse “câncer” gangrena a economia, de sorte que, disse, “começamos a ouvir falar de desvalorização, de inflação”. “Feito um vulcão que trabalha de maneira subterrânea”, a crise econômica e a crise moral geraram uma terceira: a crise social. O ex-chefe militar fez uma promessa: “Esta cerimônia não é apenas mais uma transferência de poderes. Não. Ela marca uma nova época; abre a porta a uma nova existência nacional. […] Não devemos frear o processo de mudança e muito menos desviá-lo: ele correria o risco de se voltar para si mesmo, de nos afogar novamente”.

Cala a boca já morreu, Cármen Lúcia!

Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Dezoito meses depois de usar uma expressão da infância de tantos brasileiros ("Cala a boca já morreu"), para justificar a liberação de obras biográficas sem prévia autorização dos envolvidos, Cármen Lúcia decidiu fazer segredo sobre as 77 delações premiadas da Odebrecht. É lamentável para o país e para a democracia.

Não só porque envolve o direito da população ser informada sobre o teor de documentos oficiais, que têm fé pública.