quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Guilherme Boulos e o pânico dos golpistas

Por Altamiro Borges

Após quase 10 horas de detenção nesta terça-feira (17), o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, sintetizou bem os motivos da sua prisão arbitrária. "O intuito é o de intimidar a luta dos movimentos populares. Isso é notório. Cada vez mais eles tentam desmoralizar os movimentos... Quero dizer que não vão conseguir nos intimidar. A luta só vai crescer, vai aumentar a cada gesto fascista, a cada gesto ilegal, abusivo, como essa prisão de hoje".

Guilherme Boulos foi acusado por "incitação à violência, desobediência e outros crimes", exatamente quando tentava evitar a truculência da PM numa desocupação de terreno na capital paulista. "Acabei sendo indiciado por resistência. Para mim, resistência não é crime. Crime é despejar 700 famílias sem ter alternativa, resistência é uma reação legítima das pessoas contra uma barbaridade como esta".

Demissões e pânico na Globo e GloboNews

Por Altamiro Borges

Em seu esforço para embelezar o covil golpista de Michel Temer, a comentarista Eliane Cantanhêde – aquela da "massa cheirosa" do PSDB – elogiou no programa "GloboNews Em Pauta" da noite desta terça-feira (17) o "clima de otimismo na economia brasileira". Com certeza, ela não estava informada sobre o clima de pânico que impera entre os seus colegas de redação do império global. Segundo o jornalista Ricardo Feltrin, há fortes temores de que uma nova onda de cortes atingirá os profissionais da TV Globo e da GloboNews. Vale conferir sua postagem:

Ludmilla processa racista da TV Record

Por Altamiro Borges

Numa atitude exemplar, a cantora Ludmilla decidiu prestar queixa contra o apresentador "Marcão Chumbo Grosso", da TV Record de Brasília. No seu programa sensacionalista "Balanço Geral-DF", o desequilibrado chamou a artista de "macaca" e desferiu outros ataques racistas. O vídeo teve impacto imediato nas redes sociais, gerando uma onda de revolta. Diante das críticas, o valentão se acovardou e trancou o seu perfil no Instagram. Já a cantora Ludmilla reagiu indignada às declarações do sujeito, classificando-as como "um desrespeito absurdo, vergonhoso", e anunciou que iria à Justiça:

'IstoÉ' explora e persegue sindicalista

Por Altamiro Borges

Pelo jeito, o chapa-branquismo da revista IstoÉ – também conhecida nos meios jornalísticos como “QuantoÉ” devido à postura mercenária de seus donos – não está conseguindo contornar a grave crise financeira da empresa. A grana repassada pelo covil golpista de Michel Temer, com o inexplicável aumento dos anúncios publicitários, não tem sido suficiente para salvar a decadente Editora Três, que publica também as revistas IstoÉ Dinheiro, Rural, Motor Show, Planeta e Menu. Nos últimos meses, o atraso dos salários e o desrespeito aos direitos trabalhistas têm sido comuns. E agora, diante da reação dos trabalhadores, que já ameaçaram paralisar as redações, a empresa resolveu apelar para as práticas antissindicais, revelando todo o seu autoritarismo.

'Veja' deu pérola aos porcos!

Por Marcelo Auler, em seu blog:

"Dar pérolas a porcos" é um ditado antigo, surgido de uma passagem bíblica (Evangelho – Mt 7, 6.12-14), com o significado de dar algo de valor a quem não o aprecia, não o compreende ou não o merece. No jornalismo, uma velha máxima que profissionais experientes sempre levam em conta assemelhando-se ao ditado, é jamais dar espaço a quem não tem o que falar ou, quando fala, apresenta versões que o entrevistador nem sempre está pronto para contestá-las. Diz-se que é gastar papel com quem não merece, correndo-se o risco de fazer o leitor de bobo ao retransmitir informações que não conferem com a realidade. Foi o que aconteceu com a revista Veja edição 2513 (data de capa 18 de janeiro de 2017), que chegou às bancas no final de semana, trazendo nas páginas amarelas o chamado pingue-pongue com o delegado federal Maurício Moscardi Grillo.

"Temer é o chefe da quadrilha"

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

10 de dezembro de 2015. Fábio Cleto, recém-exonerado da vice-presidência da Caixa Econômica Federal pela presidenta Dilma Rousseff, é preso na Operação Catilinárias, uma das etapas da Lava Jato.

Cleto faz acordo de delação premiada e afirma que o doleiro Lúcio Bolonha Funaro e o então deputado federal e presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), comandavam o esquema de cobrança de propinas de empresas interessadas em obter empréstimos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS).

Dr. Janot é um usurpador

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Lê-se na Folha que o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, vai falar amanhã a uma platéia de empresários que “Operação Lava Jato, que ele comanda e já mandou para a cadeia um punhado de executivos de grosso calibre, não é um ataque ao capitalismo.”

Eu procurei na Constituição e na Lei Orgânica do Ministério Público para ver se havia alguma atribuição semelhante na legislação ao que vai fazer o Dr. Janot e não encontrei nada ligeiramente assemelhado, ao contrário.

Os rolos do presente bilionário às teles

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Às vésperas do Natal, o Congresso e o governo prepararam um presente às companhias de telefonia fixa de dar inveja ao mais generoso Papai Noel. Tentaram mudar a lei para que elas não tenham mais de pagar para explorar o serviço público nem aceitar metas de atendimento aos brasileiros, muito menos devolver, ao fim dos contratos em 2025, o patrimônio público alugado nos leilões de 1998.

Em troca, promessas de investimento em banda larga. É verdade que o fone fixo perdeu espaço devido aos celulares, enquanto a internet veloz é mais demandada. O plano tramado em Brasília significa, porém, doar bilhões às teles, e numa área vital à soberania nacional. “Crime de lesa-pátria”, segundo o senador Roberto Requião.

'Veja' comprova lawfare contra Lula

Do Jornal GGN:

Alvo preferido da revista Veja, o ex-presidente Lula ganhou extenso espaço. De novo. A revista entrevistou o Delegado Federal Mauricio Moscardi Grillo, coordenador da Lava Jato na Polícia Federal. A empreitada ganha contornos preocupantes, já que um representante da referida Operação, que tem mais convicções que provas contra o ex-presidente, se põe a falar sobre um caso que está em andamento, e que deveria ser mantido entre seus pares a bem da ética e do direito de defesa do alvo em questão.

Bolsonaro e o esvaziamento da política

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

Há uma percepção geral de que o fascismo precisou tanto do caldo de cultura do profundo colapso econômico entre guerras quanto da ameaça da luta revolucionária deflagrada pela Rússia em 1917 para florescer. Porem, há um outro fator fundamental que, por vezes, passa desapercebido: o esvaziamento da política.

Com a repressão aos comunistas e a frustração de governos social democratas, a alternância no poder perdeu potencial transformador na década de 1930, em países como a França, Alemanha e Itália. Os limites das disputas políticas, sempre determinados pelos grandes interesses imperialistas, acarretaram uma enorme frustração, possibilitando a penetração de discursos demagógicos e a manipulação na qual se construiu o fascismo.

Janot "arquiva" escândalo Globo/FHC

Do site Vermelho:

Há quase um ano, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) busca junto ao Ministério Público Federal (MPF) que seja aberta uma investigação para apurar as conexões entre a Rede Globo, a Fifa, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e offshores do Panamá que teriam sido utilizadas para cometer crimes contra o sistema financeiro, a ordem tributária e a administração pública. O escândalo, conhecido como Panamá Papers, utiliza empresas de fachada para lavagem de dinheiro e ocultação patrimonial.

Temer oculta lista suja do trabalho escravo

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

O governo recorreu de liminar que determinou a volta da publicação da chamada "lista suja" do trabalho escravo. O prazo fixado em dezembro pela Justiça do Trabalho, em primeira instância, terminaria nesta semana, mas a Advocacia-Geral da União informou que a decisão está suspensa desde o dia 10. A liminar havia sido concedida em dezembro pela 11ª Vara do Trabalho do Distrito Federal, em ação civil do Ministério Público do Trabalho (MPT) – que fala em omissão do Executivo.

A prisão de Boulos é recado do Estado

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

A acusação de que Guilherme Boulos incita ao crime por mediar uma reintegração de posse e sua detenção são tão bizarras quanto as ações que foram movidas contra o coordenador do MTST por ter afirmado que parte da sociedade iria resistir nas ruas às reformas que reduzem direitos propostas pelo governo Michel Temer.

A Polícia Militar de São Paulo deteve Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), na manhã desta terça (17). Ele dava apoio a cerca de 700 famílias em uma reintegração de posse na ocupação ''Colonial'', em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo.