quarta-feira, 15 de março de 2017

Nem Gilmar salvará Temer do povo nas ruas

Recife, 15/3/17. Foto: Mídia Ninja
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A cena ocorreu na estação Jabaquara do metrô de São Paulo e foi relatada na Exame.

Metroviários em greve contra a reforma da Previdência davam explicações aos usuários de como eles podiam chegar ao trabalho. O motivo da paralisação, falaram, é defender a aposentadoria de todos, não apenas deles próprios.

“Após o discurso, os funcionários chegaram a ser aplaudidos pelas pessoas que pediam informações sobre os trens”, diz o texto.

Michel Temer admitiu que saiu do Palácio da Alvorada com medo de fantasmas. Provavelmente é o presidente mais sem noção que o Brasil teve, mas vamos adiante.

Gilmar Mendes já se adiantou para protegê-lo em diversas ocasiões. O fantasma da cassação no TSE está bem encaminhado. O papo furado do caixa 2 do bem e o caixa 2 do mal avança para a consagração.

Gilmar, que vai julgá-lo no TSE, acha normal encontrar o amigo no Jaburu dia sim, dia sim também, fora ou dentro da agenda. Assim como é normalíssimo Temer nomear seu primo para um cargo federal.

Michel conta com um Judiciário cúmplice do golpe para lidar com a Lista de Janot, que atinge cinco de seus ministros, os notáveis Eliseu Padilha, Moreira Franco, Gilberto Kassab, Aloysio Nunes e Bruno Araújo.

De todos os monstros, porém, o que Michel e seus asseclas não têm controle é o povo, esse que está parando o Brasil no dia de hoje, 15 de março de 2017.

Segundo a CUT, 25 estados e o Distrito Federal participam da mobilização. Ainda estão previstos atos em várias cidades. Em São Paulo, Lula estará na Paulista.

Temer é um magano de gabinete, acostumado a operar nas sombras. Não sabe o que fazer com as ruas, nunca viu um eleitor na vida real e tenta vender a empulhação de que prefere ser “impopular a populista” - leia-se desprezado.

São as ruas que vão derrotar suas reformas e, por fim, seu governo. Tio Gilmar não terá o que fazer senão passar a mão na cabeça de Michel e despedir-se carinhosamente para cuidar de seu outro afilhado, o Mineirinho, que inspira cuidados.

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