quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O demagogo Doria já sumiu da periferia

Por Altamiro Borges

Durante a campanha eleitoral, o ricaço João Doria se fantasiou de “João Trabalhador” nos programas de televisão. Ele comeu pastel na feira e bebeu cafezinho em botecos da periferia de São Paulo – sempre com cara de nojo. Muita gente acreditou no marketing do candidato do PSDB. Tanto que ele venceu no primeiro turno a eleição para a prefeitura. Mas bastou um mês de gestão para revelar toda a falsidade do demagogo. Nesta terça-feira (31), a Folha serrista publicou uma matéria que mostra que o novo prefeito já abandonou a periferia da capital paulista. Pobre dos pobres que acreditaram em “João Dólar”.

Segundo a reportagem, “em seu primeiro mês de mandato, o prefeito João Doria (PSDB) deixou a periferia de São Paulo em segundo plano e priorizou encontros com empresários e visitas relacionadas à zeladoria – tema alvo de críticas à gestão anterior. Conforme a agenda oficial do prefeito, um em cada cinco compromissos externos do tucano ocorreram em bairros periféricos da capital. De 46 saídas, 10 tiveram como destino os extremos da cidade. Durante a eleição, ele afirmou que se sensibilizou com a situação das regiões mais distantes do centro e que este seria seu foco”.

“Levantamento da Folha com base na sua agenda oficial mostra que, de 145 compromissos (incluindo saídas e reuniões), 27 foram ligados ao tema da zeladoria. Esse tipo de agenda permitiu a apresentação de resultados pontuais imediatos (limpeza, pintura e poda de árvores). Além disso, a área de zeladoria possibilitou ações com potencial midiático, como quando se vestiu de gari ou usou cadeira de rodas... Já empresários tiveram as portas abertas. Foram dez encontros no primeiro mês, boa parte deles para tratar de doações para cidade, uma das apostas em meio à crise”.

Investimento pesado na imagem

Além de abandonar a periferia e priorizar os empresários, João Dólar investe pesado na sua imagem. Equipes de comunicação da prefeitura filmam todas as suas jogadas de marketing. Já os jornalões e as emissoras de rádio e tevê da mídia chapa-branca dão total cobertura às suas atitudes demagógicas. “Ele está adotando um procedimento que está chamando todos os holofotes, como se fosse um super-homem. E cria a expectativa de que está resolvendo, quando está fazendo ação pontuais”, critica o cientista político Marco Antônio Teixeira, da Fundação Getúlio Vargas.

Em outra matéria, a mesma Folha mostra que a maior preocupação do novo prefeito é com a sua imagem. “Acostumado às câmeras, depois de comandar programas como "O Aprendiz", ele se tornou um fenômeno na internet como prefeito. Antes de ser eleito, em outubro, tinha 272 mil seguidores no Facebook, segundo o site Social Bakers. Agora, tem mais de 1,4 milhão... Quem cuida das mídias sociais do tucano não são servidores municipais, mas uma equipe própria paga por ele. Nesses canais, a imagem pessoal do tucano é explorada, enquanto nas redes da prefeitura o enfoque é mais institucional”.

“Nos canais pessoais, é possível encontrar o prefeito com diferentes figurinos – ele já se vestiu de gari, pintor, agente de trânsito, jardineiro, entre outros. As caracterizações causaram comparações nas redes sociais do tucano com o apresentador Gugu Liberato, da TV Record, conhecido por quadros em que assume diversos disfarces. No último dia 22, um domingo, o prefeito provocou polêmica ao encarnar o cadeirante para testar a acessibilidade de uma calçada na zona norte... Em pronunciamentos em suas redes sociais e em entrevistas também rola o momento de 'merchan'. Marcas de tintas, montadoras de carros e automóveis e até equipes de praticantes de rapel são constantemente lembrados por Doria”.

2 comentários:

JORGE NETO disse...

O homem foi eleito pela grande maioria . Que o deixe aparecer, fazer pirueta, etc.
Se quem elegeu a figura gosta disso, que aproveite.
Se o pau quebrar, a barriga doer ou alguém morrer, paciência!
SÃO PAULO, assim o escolheu.

Anônimo disse...

ele foi eleito pella minoria.perdeu feio para votos contrários nuöos brancos e abstençöes