segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Papa Francisco e o confronto na Igreja

Por Mauro Lopes, em seu blog:

A verdadeira guerra que quatro cardeais e segmentos ultraconservadores movem contra o Papa deixou definitivamente os bastidores, acontece à luz do dia e deve agravar-se no início de 2017. A sucessão de confrontos entre o grupo apoiado por uma agressiva mídia católica conservadora e Francisco mudou de qualidade em novembro e tornou-se uma crise aguda.

Apesar de o primeiro movimento público ter sido assumido por quatro cardeais conservadores, os alemães Walter Brandmüller e Joachim Meisner e mais Carlo Caffarra (italiano) e Raymond Burke (norte-americano), a liderança pública das afrontas ao Papa têm sido liderada por este último, que se apresenta como um porta-voz dos conservadores da Igreja.

PMDB rachado e sem projeto de poder

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Quando Michel Temer e a cúpula do PMDB resolveram trair Dilma, romper com seu governo e embarcar no golpe do impeachment, calculavam que tomando o governo uniriam o partido em torno de um projeto próprio de poder para 2018. Após seis meses de um governo desastroso, o partido está novamente rachado e destinado a continuar sendo linha auxiliar na próxima disputa presidencial.

O racha na bancada do Senado foi escancarado nesta segunda-feira pela postagem do presidente do partido e líder do Governo, Romero Jucá, negando que pretenda disputar a presidência da Casa e dizendo haver consenso em torno do nome do atual líder do partido, Eunício Oliveira. Jucá ouviu de Renan Calheiros uma proposta para que se lançasse candidato a presidente com seu apoio, cedendo-lhe a presidência do partido, posto que daria mais cacife a quem vai trocar o alto da Mesa pela planície do plenário. Jucá não apenas recusou como foi à rede social explicitar sua posição, que é apoiada por Temer. E com isso, restará a Renan o posto de líder da bancada, mesmo assim se conseguir a maioria de votos para ser eleito.

Direitos ameaçados e a trincheira de luta

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

O Brasil começou a se democratizar com a Consolidação das Leis de Trabalho. No período que antecedeu a chegada de Getúlio Vargas ao poder, o presidente até hoje venerado pela elite paulista, Washington Luís (1926-1930), se notabilizou por frequentemente afirmar que "a questão social é questão de polícia".

A passagem para o período sob gestão de Getúlio foi notável, não apenas pelo começo do reconhecimento dos direitos da classe trabalhadora, mas também na forma de se dirigir aos brasileiros, chamando-os de "trabalhadores do Brasil".

Aeroportos, telefones e o choro do 'coxinha'

Por Altamiro Borges

Os destemidos “coxinhas”, que foram às ruas gritar pelo “Fora Dilma” e que depositaram todas suas esperanças no Judas Michel Temer, vão adorar estas duas notícias: 1- A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publicou nesta segunda-feira (26) no Diário Oficial da União a permissão de reajuste das tarifas de embarques para voos domésticos e internacionais em seis aeroportos do país a partir de janeiro; 2- Já a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que as contas de telefones terão um aumento de quase 20% no início do ano. O usurpador no Palácio do Planalto, vestido de Papai Noel, continua distribuindo presentes para os que bancaram o “golpe dos corruptos”.

Base "aliada" já ameaça trair o Judas Temer

Por Altamiro Borges

O pacto mafioso costurado para viabilizar o “golpe dos corruptos” e para dar sustentação ao Judas Michel Temer está prestes a ser rompido. Há quem garanta que ele não dura até o segundo semestre de 2017. Com o agravamento da crise econômica e a queda de popularidade do usurpador, cresceram os boatos sobre as prováveis traições na “base aliada”. No PSDB, Michel Temer é tratado como “pinguela” – rótulo dado pelo ex-presidente FHC, que irrita o atual ocupante do Palácio do Planalto. No DEM, o senador Ronaldo Caiado já propôs a renúncia do Judas e a convocação de novas eleições presidenciais. Nos outros partidos governistas o clima também é de abandono do barco à deriva.


Alckmin visitará prefeito preso de Osasco?

Por Altamiro Borges

O governador Geraldo Alckmin foi um dos principais apoiadores do "jovem empresário" Rogério Lins no segundo turno da eleição para a prefeitura de Osasco, na região metropolitana de São Paulo. Surfando na onda antipetista e com um discurso "contra os velhos políticos e contra a corrupção", o candidato do nanico PTN venceu a disputa com 61,2% dos votos, derrotando a longa administração do PT na cidade. Neste domingo (25), porém, Rogério Lins desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos e se entregou à Polícia Federal. Ele é acusado de empregar funcionários fantasmas durante seu mandato como vereador. Como dizem, os mais imorais são os falsos moralistas.