terça-feira, 6 de setembro de 2016

CBF golpista proíbe 'Fora Temer' em Manaus

Pedro Patrus/Reprodução Facebook
Por Altamiro Borges

Os cartolas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que festejaram o "golpe dos corruptos" que depôs a presidenta Dilma, decidiram proibir os protestos políticos no jogo da seleção desta terça-feira (6), em Manaus (AM), pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. Com certeza, os conhecidos mafiosos ficaram preocupados com a exibição de faixas do "Fora Temer" que poderiam atrapalhar a transmissão da partida pela "parceira" TV Globo. Segundo o noticiário esportivo, a entidade orientou os seguranças a confiscarem qualquer material de protesto das mãos dos torcedores.

“Dona Folha” exigiu e a PM barbarizou!

Por Altamiro Borges

No início da noite desta segunda-feira (5), os 26 jovens presos arbitrariamente durante a marcha do “Fora Temer” em São Paulo foram soltos por ordem da Justiça. Eles permaneceram incomunicáveis por várias horas sob a acusação de “associação criminosa e corrupção de menores”. O juiz Rodrigo Tellini, do Foro Central Criminal da Barra Funda – que ordenou a soltura –, lamentou a truculência da tropa de choque da Polícia Militar sob o comando do governador tucano Geraldo Alckmin. “Vivemos dias tristes para a nossa democracia. Triste do país em que seus cidadãos precisam aguentar tudo de boca fechada. Triste é viver em um país que a gente não pode se manifestar", declarou em seu despacho.

Eliane Cantanhêde reza por Temer

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

A jornalista Eliane Cantanhêde, que nunca escondeu a sua relação amorosa com a “massa cheirosa” do PSDB, está preocupadíssima com o futuro do Judas Michel Temer. Ela já percebeu que o covil golpista pode naufragar. Em artigo publicado nesta terça-feira (6) no jornal Estadão, a ex-colunista da Folha explícita os seus temores: “O início do governo efetivo de Michel Temer está mais tumultuado do que já se previa, com pressões vindas do exterior, dos movimentos aliados ao PT, dos analistas políticos e até de Aécio Neves, presidente do principal partido da sua base aliada”. Ela também reclama da divisão e da postura dúbia do PMDB, principalmente da ala liderada por Renan Calheiros, presidente do Senado.

O golpe em marcha e a teoria do avestruz

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O processo de fechamento político obedece a uma lógica conhecida:

Etapa 1 – o golpe inicial nas instituições, com a destituição do presidente eleito.

Etapa 2 – a perseguição implacável aos derrotados.

Etapa 3 –reação dos atingidos, na forma de protestos.

Etapa 4 – superdimensionamento e criminalização dos protestos, para induzir a mais repressão.

Etapa 5 – o golpe final, com a suspensão formal das garantias individuais.


De uma Diretas Já a outra, o sentido da luta

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

O lema Diretas Já volta à atualidade brasileira para expressar a vontade do povo de se reapropriar do direito de decidir os destinos do país. Foi o lema fundamental da fase final da luta contra a ditadura e naquele momento significava a rejeição da eleição do primeiro presidente civil depois da ditadura fosse feita por um Colégio Eleitoral recheado de membros biônicos nomeados pela ditadura.

Era a denúncia do caráter ilegítimo do governo que não surgisse do voto popular, expropriado dos brasileiros desde 1964 pelo golpe. Derrotada a Diretas Já, que teve ampla maioria no Congresso, mas sem chegar aos dois terços necessários para mudar a Constituição imposta pela ditadura, veio o governo ilegítimo escolhido pelo Colégio Eleitoral, que acabou colocando na presidência José Sarney, ex-presidente da Arena, o partido da ditadura e que havia comandado, desde o governo militar, a campanha contra as Diretas Já. Era o primeiro presidente do PMDB, eleito sem voto popular

O retrocesso na Comissão de Anistia

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Na sexta-feira passada, dois dias depois do afastamento definitivo da ex-presidente Dilma Rousseff, o governo de Michel Temer promoveu a troca da maioria dos membros da Comissão Nacional de Anistia, nomeando 19 novos integrantes, um deles acusado de ter sido colaborador da ditadura. As mudanças quebraram uma tradição que vinha do governo FHC, de compor a comissão com pessoas comprometidas com a luta contra a ditadura, a defesa dos ex-presos e perseguidos políticos e a reparação moral e econômica dos anistiados ou de suas famílias, no caso dos mortos e desaparecidos.

Folha não aceita ser chamada de golpista

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Folha é igualzinha a Temer. Foi peça vital no golpe, mas não aceita ser chamada de golpista.

Um editorial desta sexta é exemplar.

O jornal investe furiosamente contra os manifestantes anti-Temer que têm tomado as ruas de São Paulo. Chama-os de baderneiros, vândalos e coisas do gênero.

O motivo: os manifestantes elegeram a Folha como um dos alvos do esculacho. Foram até a sede do jornal na Barão de Limeira, no centro de São Paulo. Picharam “Folha Golpista”.

Os sinais das ruas contra o ilegítimo Temer

Rio de Janeiro (04/9/16). Foto: Silvia Izquierdo/AP Photo
Editorial do site Vermelho:

Crescem e se diversificam as formas de manifestação contra o governo imposto ao país através de um golpe parlamentar, jurídico e midiático. Das grandes manifestações com milhares de pessoas nas ruas até sessões de exibição do filme Aquarius – alvo de uma tentativa de boicote do governo ilegítimo – todas externam a insatisfação de expressivas parcelas dos brasileiras e brasileiros quanto aos rumos do país e a defesa de seus direitos ameaçados desde que o golpe de 31 de agosto.

Dois sonhos excludentes da direita liberal

Foto: Fernando Donasci/Reuters
Por Luiz Carlos Bresser-Pereira, em sua página no Facebook:

Os brasileiros que tanto lutaram pela democracia estão de luto desde o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Mais do que isto, estão envergonhados. Este é, pelo menos, o meu caso. A democracia foi uma conquista do povo brasileiro, eu a considero consolidada, e por isso, diante do golpe parlamentar, senti vergonha e tristeza pelo meu país.

Ontem houve uma impressionante manifestação popular contra o impeachment em São Paulo. E a demanda foi por “diretas já”. Não creio, porém, que esta seja uma boa tese para as forças populares. Sem dúvida, o ideal seriam eleições presidenciais o mais breve possível, mas como aprová-las se o PMDB e o Centrão apoiam o novo governo?

Os valores obscenos do futebol-negócio

Por Irlan Simões, na revista Caros Amigos:

Lembra aquele zagueiro que fez o Brasil inteiro passar raiva no fatídico jogo de semifinal da Copa do Mundo de 2014? Está sendo vendido, mais uma vez, por um valor estratosférico.

Depois de ser vendido pelo Vitória para o Benfica, por 500 mil euros em 2007, David Luiz já acumula 113 milhões de euros movimentados em suas transferências. Do Benfica para o Chelsea foram 25 milhões em 2011; do Chelsea para o Paris Saint-Germain foram 49,5 milhões de euros em 2014. E agora, ele retorna ao Chelsea por nada menos que 38,5 milhões de euros.

A escalada autoritária de um governo fraco

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A coluna de Merval Pereira, o Cardeal de Richelieu do golpismo na mídia, traz hoje dois sintomas de que as coisas vão se complicando para o governo ilegítimo de Michel Temer.

A primeira é que a rua foi ganha pela oposição a Temer e perdida pelo golpismo, que a dominava, quase todo o tempo, desde o início do processo de deposição, já no primeiro mês do segundo mandato.


O arbítrio subiu no telhado

Largo da Batata, São Paulo/SP, em 04/9/16. Foto: Sebastião Moreira/EFE
Por Renato Rovai, em seu blog:

Até para quem acompanha passo a passo os acontecimentos tem tido imensa a dificuldade não só para entender o processo que estamos vivendo, como para tentar fazer prognósticos sobre ele.

Mesmo assim, já é possível arriscar algumas previsões.

Na linha do gato subiu no telhado, aquela velha maneira de contar um caso trágico, pode-se dizer que o arbítrio já desfila sobre as telhas das nossas cabeças.

Eleições 2016, o palanque dos milionários

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:

Dono da maior fortuna entre os pretendentes ao comando das capitais brasileiras nas eleições municipais deste ano, João Doria Júnior, do PSDB, vê-se obrigado a adotar hábitos populares e vestir a carapuça do Candidato Caô Caô. Gravado há quase 30 anos por Bezerra da Silva, o samba narra a campanha de um político em uma favela.

Ele sobe o morro sem gravata, bebe cachaça e usa “a lata de goiabada como prato” apenas para se enturmar com a comunidade e angariar votos. Doria segue o roteiro a contragosto. Nos primeiros dias da campanha à prefeitura de São Paulo, iniciada em 16 de agosto, deixou-se fotografar enquanto provava, visivelmente incomodado, um pingado de padaria em um copo americano.