domingo, 14 de agosto de 2016

Mundo isola Temer nas Olimpíadas

Por Altamiro Borges

O "chanceler" José Serra está totalmente desmoralizado - e não é apenas devido à denúncia vazada na semana passada de que ele teria recebido R$ 23 milhões da Odebrecht para seu Caixa-2 na campanha presidencial em 2010. A abertura das Olimpíadas também confirmou que o "interino" é um bravateiro - para não dizer mentiroso. Ele havia garantido que 45 chefes de Estado participariam da solenidade no Rio de Janeiro. Na verdade, só compareceram 18 líderes mundiais, o que confirma o isolamento internacional do covil golpista de Michel Temer e o descrédito do tucano. A informação foi revelada pelo Estadão, mas não ganhou as manchetes da mídia chapa-branca.

Carta aberta à presidenta Dilma

Por Bepe Damasco, em seu blog:                          

Primeiro quero me solidarizar com o sofrimento vivido por Vossa Excelência, vítima de uma brutal e infame injustiça. Mas saiba que sua dor é compartilhada por milhões de brasileiros e brasileiras que estão nas ruas e nas redes em defesa de seu mandato presidencial legítimo, conquistado com mais de 54 milhões de votos.

A força e a perseverança inquebrantáveis demonstradas pela senhora vêm servindo como fonte de inspiração para o fortalecimento da consciência cívica e democrática da nossa gente. Cada vez mais pessoas, dentro e fora do país, sabem que um fosso gigantesco separa sua honradez e espírito público dos bandidos e canalhas que lhe apunhalaram e roubaram sua cadeira de presidente, ferindo de morte a soberania popular.

Al Jazeera critica hipocrisia dos golpistas

Cai a ficha do PSDB sobre o projeto Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Michel Temer nem foi efetivado presidente e o PSDB já se dá conta de que comprou gato por lebre. Percebe que o PMDB não derrubou Dilma apenas para fazer o serviço sujo, implementar a agenda neoliberal e estabilizar a economia, limpando o caminho para os tucanos chegarem ao governo em 2018. Em coro com agentes do mercado, estrilam contra a frouxidão fiscal de Temer e sua equipe e admitem, no limite, o rompimento. A ânsia para desalojar Dilma e o PT turvou a visão tucana. Pois em verdade o PMDB, Temer e seus arqueiros nunca esconderam que, através do impeachment, queriam não apenas a cadeira de Dilma, mas também implementar um “projeto próprio de poder”. É o que está em curso. Se Temer não puder ser candidato, o projeto será tentado com outro nome. Pode ser com Serra, mas filiado ao PMDB. Pode ser com Meirelles, que é filiado ao PSD, mas tem prazo até outubro de 2017 para filiar-se ao PMDB, podendo ainda sair por uma coligação liderada pelo PMDB.

Ana Amélia e a alegria dos golpistas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Na semana passada, na Sessão do Senado destinada à discussão do parecer que analisava a procedência ou improcedência do impedimento da presidente afastada Dilma Rousseff, a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, proferiu uma frase infame que precisa ser rebatida em nome da verdade, da Justiça e do respeito à veracidade da história brasileira.

Ana Amélia disse ter “muita alegria” de “ser golpista ao lado de ministros do STF”. Disse isso porque o presidente do Supremo, Ministro Ricardo Lewandowski, preside o processo de impeachment de Dilma Rousseff. A senadora gaúcha tentou confundir o público transformando a presença dele em plenário em aval ao processo de impeachment.

O jornalismo, do colapso à fraude

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

Assistimos ao colapso do jornalismo comercial brasileiro. Nunca antes na história deste país o nível ético de jornais, rádios e TVs esteve tão baixo. Na ânsia de derrubar a qualquer custo um governo eleito democraticamente, as empresas de comunicação mandaram às favas princípios e valores jornalísticos consagrados internacionalmente. Causaram espanto em quem viu esse processo com olhar estrangeiro. O jornalista estadunidense Glenn Greenwald, radicado no Brasil, arregalou os olhos. Primeiro surpreendeu-se com a unanimidade da mídia tradicional brasileira na defesa dos mesmos interesses, sem espaço para divergências.

Cartaz contra a Globo é proibido na Rio-16

Da revista Fórum:

Um segurança abordou um grupo de pessoas que segurava um cartaz contra a Rede Globo de Televisão e mandou elas abaixarem o cartaz contra a emissora.

“Temer vocês podem erguer a vontade. Nada que tiver Globo. Não pode!”, disse.

A cena aconteceu durante a partida de futebol feminino entre a seleção brasileira e a Austrália no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG), quando o Brasil bateu as australianas nos pênaltis.

Golpe de Temer é escancarado ao mundo

Por Tico Santa Cruz, no jornal Brasil de Fato:

As Olimpíadas são sobre esportes, mas também sobre política. Nos Jogos Olímpicos da Alemanha de 1936, tornou-se célebre o momento em que o atleta negro campeão Jesse Owens foi saudado por Hitler, fazendo o líder alemão se curvar a alguém que considerava um inimigo.

E em 1968, no México, dois atletas norte-americanos levantaram os punhos no pódio representando os Panteras Negras, que estavam lutando contra discriminação racial nos EUA. Em Munique, nos Jogos de 1972, jovens palestinos pegaram como reféns atletas israelenses, para denunciar a guerra contra seu país.

A reforma da previdência volta à cena

Por Milko Matijascic, no site Brasil Debate:

A reforma da previdência voltou à cena do debate público brasileiro. Até o momento, as regras de elegibilidade para a pensão por morte e aposentadoria por tempo de contribuição – ATC – já sofreram alterações e o presidente interino enfatizou que a continuidade do processo será uma prioridade.

O cenário atual se assemelha ao dos anos 1990, professando que as regras sociais previstas pela Constituição Federal impedem o crescimento econômico sustentável, em virtude dos riscos para as finanças públicas. O governo Fernando Henrique Cardoso – FHC, entre 1995 e 1998 patrocinou uma ampla reforma com esse viés, atingindo a previdência social, complementar e os regimes dos servidores públicos. A estratégia era desconstitucionalizar as regras, mas ela foi rechaçada pelo Congresso Nacional.

Deus e o Diabo na Terra de Tio Sam?

Por Hugo Albuquerque e Edemilson Paraná, no site Outras Palavras:

As eleições para a presidência dos Estados Unidos em 2016 agitam o mundo. Não apenas por decidirem os rumos do país mais poderoso da Terra, mas também pelas forças supostamente antagônicas em disputa. Hoje, a novidade é a ascensão da direita populista via Donald Trump, o candidato ungido dos republicanos, em uma disputa pintada em tons maniqueístas contra a ex-senadora, ex-primeira dama e ex-secretária de Estado Hillary Clinton. Existe um esquematismo maniqueísta pronto, não muito diferente de 2008. Mas o polo forte da questão, desta vez, é o medo de Trump e não a esperança em um Obama.

Nenhum direito a menos

Por Luiz Sérgio, na revista Teoria e Debate:

O Brasil vive um surto conservador gestado como contraposição aos avanços sociais e às conquistas progressistas alcançadas a partir da chegada do Partido dos Trabalhadores ao poder, com Lula, em 2003. A composição do Congresso Nacional, saída das urnas em 2014, reflete essa realidade. De acordo com levantamento realizado pela CUT-Brasília (Cartilha O Maior roubo de Direitos dos Trabalhadores), há em tramitação nas duas Casas Legislativas mais de sessenta projetos cujos objetivos, em linhas gerais, são retirar direitos dos trabalhadores, reverter conquistas sociais e eliminar as políticas afirmativas. Desde maio, com o avanço do golpe parlamentar e o afastamento da presidenta Dilma Rousseff, essa representação conservadora ampliou seu espaço e ganhou musculatura para acelerar sua pauta nefasta. Hoje, a realidade é que o Palácio do Planalto passou a ser o quartel-general do retrocesso. Michel Temer, o presidente interino e golpista, é a encarnação do atraso.

Centrais vão às ruas contra o retrocesso

Do site da CUT:

A CUT, CTB, CSP, CGTB, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT realizam em 16 de agosto o Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos.

Além de paralisações nos locais de trabalho como bancos e fábricas, de uma, duas horas ou a manhã inteira, haverá atos em frente às sedes das principais federações patronais em todas as capitais do Brasil.

Um dos maiores desafios do movimento sindical brasileiro hoje é defender os direitos da classe trabalhadora, que estão sendo atacados pelo Congresso Nacional e pelo governo federal, e impedir que milhares de trabalhadores sejam demitidos.

Temer mira no 13º salário e nas férias

Por Joanne Mota, no site da CTB:

Desde que Michel Temer tomou, de assalto, o Palácio do Planalto, os direitos sociais e trabalhistas correm sérios riscos de desaparecerem. Em pouco mais de 90 dias de gestão interina, Temer tem ameaçado, sem pudor, a classe trabalhadora com reformas que não têm outro objetivo senão implementar uma cartilha ultraliberal e atender aos interesses do capital financeiro nacional e internacional.

Em ampla matéria publicada no jornal O Globo, a gestão interina tenta emplacar uma reforma trabalhista que prevê flexibilização de diversos direitos. Estão no alvo de Temer direitos assegurados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como o 13º salário, férias, adicional noturno, licença-paternidade e salário mínimo.