terça-feira, 24 de maio de 2016

Gilmar Mendes e "o esquema do Aécio"

Por Jeferson Miola

A conversa entre os delinqüentes Sérgio Machado e o ainda senador Romero Jucá é a revelação mais completa – até o momento, porque certamente surgirão outras revelações ainda mais elucidativas – sobre a conspiração montada para a perpetração do golpe de Estado no Brasil através da farsa do impeachment. De tão minuciosa e tão rica em detalhes, esta peça permite realizar uma profunda autópsia do golpe.

"Carta de BH" e tudo sobre o #5BlogProg


Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Com o lema #MenosÓdioMaisDemocracia, o 5º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais reuniu 400 ativistas digitais de 22 estados do país entre os dias 20 e 22 de maio, em Belo Horizonte/MG. A quinta edição do Encontro contou com a presença da presidente democraticamente eleita Dilma Rousseff e com debates sobre democratização da comunicação e a luta contra o golpismo midiático.

Contagem regressiva para Temer

Por Esmael Morais, em seu blog:

O governo provisório de Michel Temer (PMDB) entrou em contagem regressiva depois que vieram à tona os áudios do ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-PR), revelando que o golpe fora concebido para enterrar as investigações da Lava Jato.

“Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel”. Esse trecho não sai da cabeça de milhões de brasileiros, bem como aquele de Jucá que explicitamente fala em “parar essa porra” e “estancar a sangria” causada pela operação do juiz Sérgio Moro.

O Brasil deve pedir desculpas a Dilma

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Ninguém falou agora do seguinte: como fica Dilma no meio desta sujeira toda que foi e é o processo de impeachment?

A decência impõe que o impeachment seja anulado e Dilma reconduzida ao lugar de onde foi retirada por um bando de corruptos: o Palácio do Planalto.

Os fatos conhecidos sobre o impeachment são estarrecedores. As declarações gravadas de Romero Jucá confirmam plenamente a péssima impressão causada na já histórica sessão da Câmara que votou pelo sim.

A "exclusão de vozes" na mídia brasileira

Por João Pedro Soares, na revista CartaCapital:

Principal estudioso da democratização da comunicação no Brasil, o professor aposentado da Universidade de Brasília (UNB) Venício Lima enxerga uma conexão profunda entre a atuação das empresas de comunicação e a concretização do processo de impeachment. Em sua opinião, os conglomerados jornalísticos seriam responsáveis pela “corrupção da opinião pública”.

Nesta entrevista, ele aponta a omissão dos governos petistas com relação ao tema como um fator responsável pelo quadro atual e defende a valorização da mídia pública como uma alternativa aos grupos privados.

Temer é um molambo no poder em 11 dias

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer mostrou, em cada um dos 11 dias em que usurpou o poder, que não tem condições de exercê-lo, muito mais num momento de crise.

Não passou um dia sem uma crise.

Nenhuma medida concreta senão as de vingança e mesquinharia.

Só provocou ódio e rejeição.

O xadrez do grampo de Jucá

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Desde março a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal (STF) tinham conhecimento do chamado desvio de finalidade do processo de impeachment. Desde aquela época estavam de posse da PGR e do STF as gravações de conversas de Sérgio Machado com Romero Jucá indicando claramente que a queda de Dilma Rousseff era passo essencial para conter os avanços da Lava Jato.

Nada se fez. Ignoraram-se as provas que não mereceram sequer o privilégio dos vazamentos orquestrados cotidianamente pelos investigadores da Lava Jato.

A prova material de que o golpe é golpe

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Todo santo dia um pistoleiro da mídia golpista escreve ou recita que o golpe não é golpe. O mais curioso é que esses pistoleiros chegam a reconhecer que o “motivo” alegado para o impeachment é fraco porque presidentes anteriores a Dilma também “pedalaram” e nada aconteceu simplesmente porque pedalada não é motivo para derrubar presidentes.

Vale ressaltar que aquilo que os pistoleiros da mídia chamam de “pedalada” é uma operação contábil feita para impedir que programas sociais e outras obrigações sociais inadiáveis do Estado deixem de ser cumpridas por problemas conjunturais de caixa. Trocando em miúdos: o governo fez empréstimos bancários por alguns dias para pagar benefícios sociais em dia.

Cultura: a resistência derrota Temer

Editorial do site Vermelho:

"Quando ouço falar em cultura, penso logo em sacar o revólver" – esta frase, atribuída a um dos líderes nazistas, Herman Göring ou Joseph Goebbels, exprime a costumeira posição direitista face a esta decisiva manifestação humana, o pensamento e suas criações.

A frase, que na verdade faz parte de uma peça antinazista escrita em 1933 por Hanns Jost, serve como uma luva para descrever a atitude do governo golpista de Michel Temer e sua pretensão de destruir o ministério da Cultura.

O Mercosul é o alvo de José Serra

Por Eric Nepomuceno, no site Carta Maior:

O novo ministro de Relações Exteriores do Brasil, José Serra, é esperado em Buenos Aires nesta segunda-feira (23/5). Será sua estreia como condutor da política externa do governo interino do vice-presidente em exercício do Brasil, Michel Temer. O presidente argentino Mauricio Macri foi o primeiro – e até agora o único – mandatário em reconhecer o governo de Temer, em saudar com entusiasmo o golpe institucional que afastou a presidenta Dilma Rousseff da presidência por um prazo que pode ser de até 180 dias.

Jucá, Temer e a fraude desmascarada

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Vamos combinar que a ruína precoce do governo Michel Temer era visível desde o primeiro dia. Num país que abriga 200 milhões de pessoas, hospeda a sétima economia do planeta e que na última década e meia atravessou um período de progresso social reconhecido, nenhum governo poderia sobreviver sem oferecer respostas a demandas urgentes de bem-estar social e sem apreço pelos valores valores democráticos consolidados pela Constituição de 1988.

Jucá coloca ponto final no governo Temer

Por Renato Rovai, em seu blog:

A mídia, o Congresso, o Supremo e todas as forças que atuaram para derrubar Dilma, segundo Romero Jucá em áudio vazado pela Folha de S. Paulo hoje, podem até tentar matar no peito o que já estava claro e agora se comprova, Dilma só está sofrendo o processo do impeachment porque os corruptos de fato querem se livrar da Lava Jato. Mas mesmo que isso ocorra e Dilma seja cassada no Senado, não há mais qualquer possibilidade de sucesso para o governo Temer.

Fascista, o vento será tua herança

Por Marcio Sotelo Felippe, na revista Caros Amigos:

O golpe consumou-se. No dia 12 de maio a presidência da República foi usurpada por uma figura política que passará à História do Brasil na galeria da vileza em que estão Silvério dos Reis e Calabar. Eleito vice-presidente, conspirou com o que havia de mais sórdido no País para desalojar do poder a sua companheira de chapa e colocá-lo a serviço da classe dominante que preda o País desde sempre. Na mira dos golpistas estão desde o petróleo até direitos trabalhistas, a revogação, na prática, da CLT e mais uma reforma da previdência. Negociações com sindicatos enfraquecidos e manietados pelas restrições às liberdades públicas pretende-se que prevaleçam sobre os direitos assegurados pela legislação trabalhista.

Temer está nas mãos da Globo e Cunha

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A gravação de Romero Jucá, escancarando que a derrubada de Dilma era parte de uma operação para salvar a cúpula do PMDB na Lava-Jato, deveria marcar o início do fim desse lamentável governo Temer. Isso se o Brasil fosse um país normal…

Mas no Brasil há a Globo.

É emocionante ver o esforço do conglomerado Globo para reduzir a devastadora gravação de Jucá a um fato quase corriqueiro. Essa disposição da Globo/GloboNews/CBN, com seus comentaristas amestrados, é hoje um dos sustentáculos de Temer. O outro sustentáculo é Cunha.

A segunda onda da crise política

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Hoje é que será possível tomar o pulso do Congresso em relação ao desvelamento do que nunca esteve realmente oculto, a verdadeira razão do impeachment: afastar Dilma para que Temer assumisse e promovesse um acordão que estancasse a sangria dos políticos pela Lava Jato. O que se viu ontem, uma segunda-feira preguiçosa, foi o silêncio do PSDB, do Centrão, do Supremo e do Renan (que teve a pachorra de dizer que não leu a transcrição dos diálogos entre Romero Jucá e Sergio Machado). Quem começou a ser sangrado foi Jucá mas pode estar começando uma nova escalada da crise que derrubará a ordem política carcomida que elegeu Temer como tábua de salvação.