domingo, 1 de maio de 2016

Marta Suplicy é vaiada no ato do 1º de Maio

Por Altamiro Borges

Não será nada fácil a vida dos golpistas - principalmente para os que, de forma oportunista, traíram o seu passado e jogaram a sua história no lixo. Que o diga a senadora Marta Suplicy, que foi eleita para diversos cargos públicos com o apoio do PT e que até o final de 2014 era ministra de Dilma Rousseff. Hoje, filiada ao PMDB do mafioso Eduardo Cunha, ela se traveste de vestal da ética e desponta como uma das líderes da cavalgada golpista pelo impeachment da presidenta. Haja botox! 

Acorda peão! Judas Temer vai te ferrar!

Por Altamiro Borges

Diante da iminência do golpe, com a aprovação no Senado da admissibilidade do impeachment de Dilma, muitos trabalhadores passam a se questionar sobre qual será seu futuro num governo ilegítimo do Judas Michel Temer. A pergunta é justa e serve de alerta: acorda peão! Basta ler o programa "Uma ponte para o futuro", formulado pelos golpistas do PMDB no ano passado, para se ter a dimensão dos estragos que virão. A "pinguela para o atraso", como já foi apelidado o receituário ultraliberal, prega o fim dos direitos trabalhistas - com a "prevalência do negociado sobre o legislado" -, a terceirização selvagem nas atividades fins, a extinção da política de valorização do salário mínimo e o aumento da idade para a aposentadoria. Também defende a "contenção dos gastos públicos" - em outras palavras, os cortes nos programas sociais, como o "Bolsa Família", "Pronatec" e "Minha Casa Minha Vida".

Lava-Jato investe em nova ficção golpista

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A força-tarefa da Lava Jato, uma associação inconstitucional (porque um deveria trabalhar para conter o outro, e não trabalharem juntos) entre procuradores, delegados, juiz e órgãos de mídia, aproveita-se do golpe deflagrado pela Câmara dos Deputados para tentar emplacar uma nova ficção.

Todos os sinais emitidos pela força-tarefa nos últimos dias são de que a operação irá interromper a sua louca cavalgada de infinitas etapas e irá focar agora em criminalizar o PT e prender o ex-presidente Lula.

O STF na engrenagem golpista

Por Jeferson Miola

Em tempos de vazamentos seletivos, de investigações seletivas e de decisões seletivas, não podia faltar a moral seletiva – e tardia – do STF.

O juiz do STF Teori Zavascki dizia, há menos de duas semanas, que estava “examinando” a denúncia contra Eduardo Cunha, mas “não tinha prazo para julgar” o afastamento do comando da Câmara dos Deputados pedido pelo Ministério Público em dezembro de 2015.

No despacho ao STF, o Procurador Geral Rodrigo Janot alertou que Eduardo Cunha usaria o “cargo em benefício próprio e de seu grupo criminoso [sic], com o objetivo de obstruir e tumultuar as investigações”. Para Janot, é “imperioso que a Suprema Corte do Brasil garanta o regular funcionamento das instituições, o que somente será possível se for adotada a medida de afastamento do deputado Eduardo Cunha”.

A hora e o risco de descartar Cunha

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

São claros e vários os sinais de que, já tendo Eduardo Cunha feito o “serviço sujo” de abrir caminho para o golpe na noite do cinismo de 17 de abril, os vencedores agora buscam meios para descartá-lo. Temer e seus parceiros do eventual “governo de salvação nacional”, expressão de Fernando Henrique, não acham prudente mantê-lo como segundo na linha sucessória na Presidência. Mas esta operação embute riscos muito altos para o próprio Temer. Cunha não aceitará ser atirado ao lixo como bagaço de laranja que já deu caldo. E vingança é com ele mesmo. Que o digam Dilma e o PT.

1º de Maio de luta contra o golpe

Editorial do site Vermelho:

O Primeiro de Maio é comemorado como o dia de luta dos trabalhadores desde 1890, em cumprimento de uma decisão da Internacional Socialista tomada em 20 de junho de 1889. Foi uma decisão para lembrar a greve de 1º de maio de 1886, em Chicago (EUA), pela jornada diária de oito horas, que foi reprimida a bala pela polícia, com a morte de dezenas de trabalhadores. O Dia Internacional do Trabalhador está historicamente ligado, desde o início, à luta pela redução da jornada diária, por melhores condições de trabalho e de renda, e contra as ameaças patronais e policiais.

O imperialismo isolacionista de Trump

Por Antonio Luiz M. C. Costa, na revista CartaCapital:

Pode uma superpotência imperialista abrir mão de suas responsabilidades, isolar-se do mundo e dominá-lo ao mesmo tempo?

Donald Trump se propôs a essa quadratura do círculo ao expor sua política externa na quarta-feira 27 no discurso intitulado America First (“Primeiro os EUA”), título que além de uma proximidade desconfortável com o Deutschand über alles (“Alemanha acima de tudo”) do hino do III Reich, recorda mais diretamente (ou mesmo propositalmente) oAmerica First Comitee, lobby isolacionista criado em 1940 para tentar impedir Washington de intervir na II Guerra Mundial e mesmo de dar apoio material ao Reino Unido.

Globo e FHC compartilham até o advogado

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Globo e FHC durante um tempo compartilharam a jornalista Mírian Dutra. A Globo a tinha na redação, FHC na cama.

Agora, Globo e FHC estão compartilhando o advogado Sérgio Bermudes.

Cada qual, presumivelmente, paga sua conta.

Bermudes defende FHC no caso do alegado envio de dinheiro para Mírian por meio da Brasif, empresa que explorava free shops em aeroportos brasileiros.

Ataque aos direitos será rápido e feroz

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Diante da percepção cada vez mais generalizada de que vem aí uma carga de cavalaria contra os direitos trabalhistas, Michel Temer manda seu cortesão Wellington Moreira Franco ao Estadão para dizer que – pasmem! – “O PMDB tem tradição trabalhista e social” que “está no seu DNA” (pausa para uma gargalhada olhando o peemedebista Skaf) e que portanto não há risco para os trabalhadores.

Muito bom, muito bonito. Mas veja, na matéria, que ele elenca e especifica o que não está em risco: a carteira assinada, as férias e o 13º salário.

Um país, dois pesadelos

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Você acabou de acordar e se depara com o seguinte horizonte embaçado: fim dos direitos trabalhistas em favor da negociação direta; diminuição dos investimentos em programas sociais; contingenciamento de recursos para serviços públicos essenciais em nome do pagamento de juros a banqueiros internacionais. É só o começo. Privatização da Petrobras e de outras empresas públicas estratégicas, Ministério Público e Polícia Federal manietados, reforma da Previdência contra direitos adquiridos depois de décadas de suor na lida.

O seu pior pesadelo pode ser questão de dias.

A total falta de dignidade dos golpistas

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Sandro Ari Andrade de Miranda, no site Sul-21:

Não há dúvidas sobre o fato de Nicolau Maquiavel ser um dos maiores responsáveis pela construção dos mecanismos utilizados até hoje para análise política. Embora defensor da república, o mestre italiano escreveu “O Príncipe” como um manual para chegar e manter o poder, livro este que fundou a ciência política moderna.

Embora não tenha sido corretamente compreendido, inclusive resultando na sua perseguição por movimentos preconceituosos como a inquisição, Maquiavel foi capaz de traduzir com precisão a atuação concreta dos dirigentes do estado para administrar o poder. Contudo, existe um elemento fundamental que permeia toda a obra e que muitas vezes é esquecido: a “virtude”, ou, na tradução italiana, “virtu”.

Direita monta um governo do desespero

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Delfim Netto disse certa vez que em algum momento o PT teria que ganhar, fracassaria e os deixaria governar o país com calma. O PT ganhou em 2002, deu certo, seguiu ganhando em 2006, em 2010, em 2014 e tem todas as possibilidades de ganhar em 2018.

Assim, a possibilidade da direita de voltar a governar o Brasil não se dá em condições nem de fracasso dos governos do PT, nem de calma. Aposta na alternativa que achou possível – um vice presidente medíocre, envolvido em corrupção, incompetente, desastrado, mas é o que lhe foi possível – e a direita, em pânico, joga essa possibilidade: a do golpe branco e a do governo de desespero.