segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Ombudsman confirma: Folha ama Aécio!

Por Altamiro Borges

Nesta quarta-feira (3), o lobista Fernando Moura, em depoimento ao juiz Sergio Moro, confirmou a existência da sempre negada Lista de Furnas e foi didático ao explicar a distribuição da propina: “É um terço para São Paulo, um terço nacional e um terço do Aécio”. A bombástica delação, prestada no curso da midiática Operação Lava-Jato, causou uma overdose no cambaleante tucano e desnorteou a própria mídia venal. Num primeiro momento, ela não teve como acionar a sua “operação-abafa”. Até o Jornal Nacional da TV Globo abordou, a contragosto, o assunto. Na sequência, porém, a blindagem voltou a funcionar e a delação sumiu do noticiário – que segue com sua obsessão para “matar” Lula.

Globo e “musa golpista” sofrem no carnaval

Por Altamiro Borges

Nem tudo é diversão e alegria neste carnaval. Alguns tiveram que pagar por seus pecados na festança pagã. Que o diga a TV Globo. Em várias locais, a emissora foi hostilizada por foliões que discordam das suas práticas golpistas e manipuladoras. Na manhã de domingo (7), durante a cobertura do bloco "Cordão do Boitatá", um dos mais tradicionais do Rio de Janeiro, a equipe de jornalismo da emissora ficou constrangida com a resposta de um homem a uma tentativa de entrevista, ao vivo, da repórter da GloboNews: "Ali Kamel é um nazista. Eu não falo com a Globo", afirmou o folião nada alienado.

A lista dos brasileiros em paraísos fiscais

Por Altamiro Borges

No final de janeiro, no curso da provocativa fase "Triplo X", da Operação Lava-Jato - que teve como único intento incriminar o ex-presidente Lula -, a Polícia Federal apreendeu uma lista com os nomes de centenas de ricaços brasileiros que remeteram grana para paraísos fiscais espalhados pelo mundo. As planilhas, com os registros das contas offshore e de seus respectivos donos, estavam armazenadas nos computadores da filial nacional da empresa panamenha Mossack Fonseca. A notícia atemorizou muitos sonegadores e foi encarada como um tiro pela culatra. Eles temeram os famosos - e seletivos - vazamentos da PF. Para seu alívio, porém, nada vazou e a imprensa simplesmente já esqueceu a lista.


'A adulteração da democracia' na Argentina

Por Bruno Cirillo, de Buenos Aires, no site Opera Mundi:

O jornalista e radialista Victor Hugo Morales foi demitido numa segunda-feira, 11 de janeiro, um mês após Mauricio Macri assumir a presidência da Argentina. Voz crítica do atual governo, que considera “o rosto do grupo Clarín”, Morales foi dispensado pela Rádio Continental, a terceira mais ouvida do país, pouco antes do início do seu programa matinal. Ele teve alguns minutos para se despedir da audiência que liderava, após 30 anos de trabalho. No dia seguinte, milhares de pessoas protestaram contra sua demissão na Praça de Maio, no centro de Buenos Aires.

Com Lula , "não-notícia" vira "escândalo"

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Fabiana Moraes da Silva, mestra em Comunicação pela UFPE e doutora em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco, publicou, em 2008, um estudo sobre “A não-notícia, um produto do infoentretenimento“, onde diz que “se não houvesse nada intrigante ou espantoso acontecendo, não era falha do repórter. Ele não poderia reportar algo que não existia”.

Ela caracteriza assim os “não fatos”:

A luta pelo Marco Civil da Internet

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Elaborado para garantir democracia e direitos como a liberdade de expressão e a privacidade na Internet, o Marco Civil entrou em nova fase do processo de sua regulamentação. Até o dia 29 de fevereiro, a sociedade civil poderá contribuir com a consulta pública que discute, basicamente, quatro temas da lei: a neutralidade da rede, a segurança de registros, a privacidade e a transparência. A queda de braço em torno da lei segue intensa.

A inquisição de Moro: tragédia ou farsa?

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Sandro Ari Andrade de Miranda, no site Sul-21:

Na abertura de “O 18 de Brumário de Louis Bonaparte”, Marx cita a assertiva de Hegel, em uma de suas obras, segundo a qual “todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes” e, mais adiante, completa: “a primeira vez como tragédia, a segundo como farsa”.

O livro foi escrito em 1851, e narra as circunstâncias caricatas da política francesa que permitiram a ascensão de Louis Bonaparte, o sobrinho de Napoleão, à Coroa do país, sendo o segundo Bonaparte um político com traços inexpressivos e esquálidos, frente à gigantesca personalidade representada pelo tio.

Ditadura da Schin no carnaval de Salvador

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Gente, o monopólio não é mais considerado ruim! Só é ruim o monopólio se for para retirar o patrimônio do povo das mãos do povo. Petróleo, por exemplo, não é um bom monopólio. Mídia é considerado bom. Quanto mais concentrado, melhor. Mas – surpresa – cerveja também é liberada para monopolizar, e tida como um monopólio bacana – porque foi um prefeito de direita que fez, claro. A Schin, que há anos monopoliza o comércio de cerveja em Salvador, comprou o carnaval da capital baiana. Nos “espaços patrocinados”, só pode vender Schin.

Por que a Lava-Jato não investiga Aécio?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Em janeiro do ano passado, o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, foi acusado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal de ser transportador de dinheiro de propinas do doleiro Alberto Yousseff.

Careca disse em depoimento à PF do Paraná que, em 2010, entregou R$ 1 milhão ao então candidato a governador de Minas Gerais Antônio Anastasia (PSDB) para repassar a soma a Aécio Neves.

O simbólico apoio do Brasil a Evo Morales

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Evo Morales acaba de completar uma década como presidente da Bolívia. No dia 21, os bolivianos vão decidir em um referendo se aprovam o direito do líder indígena de disputar um quarto mandato, na eleição de 2019. Com a economia do país e seu ibope pessoal em alta, Morales tem razões para otimismo com o resultado das urnas. E mais ainda após a recente visita oficial a Dilma Rousseff.

O clima de ódio e o cerco a Lula

Por Luiz Carlos Bresser Pereira, no site Carta Maior:

Há meses que eu ouço frases como: “Quando vão chegar no Lula?”, ou então, “Quando vão pegá-lo?”. Porque, afinal, este é o objetivo maior do establishment brasileiro: atingir o maior líder popular do Brasil desde Getúlio Vargas. Não porque ele seja desonesto, mas porque ele se manteve de esquerda, porque se manteve fiel à sua classe de origem não obstante o clássico processo de cooptação de que foi objeto. Pois bem, o establishment chegou ao Lula. Não para incriminá-lo, mas para tentar desmoralizá-lo.

O Nobel que a mídia grande escondeu

Kailash Satyarthi, Prêmio Nobel da Paz de 2014
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num país onde a ausência de um inédito Prêmio Nobel verde-amarelo alimenta a baixa estima nacional, a visita de dez dias do engenheiro indiano Kailash Satyarti, Prêmio Nobel da Paz de 2014, encerrada neste fim de semana, teve a utilidade de comprovar o mau momento vivido pelos grandes jornais e revistas do país.

Recebido por repórteres de veículos interessados numa pauta única - o impeachment de Dilma Rousseff -, Kailash teve poucas oportunidades de discutir o assunto em que é uma autoridade internacional - o combate ao trabalho infantil, causa que lhe deu o Nobel, há dois anos. Em vez disso, "em todas as minhas entrevistas, o impeachment sempre estava entre as primeiras perguntas. E eu não tinha muito o que dizer a respeito, até porque nem sou membro do Congresso e sequer sou cidadão brasileiro", disse ao 247, momentos antes de embarcar para Roma, onde tinha uma audiência marcada com o Papa Francisco.

Jornalismo cínico e o ponto de não-retorno

Por Francisco José Castilhos Karam, no site Vermelho:

Em 1988, o psicanalista Jurandir Freire Costa alertava que a sociedade brasileira poderia estar chegando a um perigoso ponto de não-retorno. Ela estaria incorporando quatro valores: cinismo, narcisismo, violência e delinquência. À época, seus estudos tinham como referência as ideias do filósofo alemão Peter Sloterdij, que escreveu o clássico livro “Crítica da razão cínica”, publicado nos anos 1980, com grande repercussão.