terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Alckmin, Doria e o racha do PSDB

Por Altamiro Borges

Na segunda-feira passada (14), num glamoroso jantar na casa de Flávio Rocha, dono da Riachuelo, o governador Geraldo Alckmin declarou o seu apoio à pré-candidatura do "cansado" João Doria Jr. à prefeitura da capital paulista pelo PSDB. Para uma plateia composta pela fina flor da elite nativa – Gustavo Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira, Rubens Ometto, da Cosan, Lírio Parisotto, da Usiminas, e Roberto Klabin, entre outros ricaços –, ele fez altos elogios ao trambiqueiro, que também é apresentador de um programa tedioso na Band. Afirmou que João Doria, o Júnior, tem “juventude, saúde e disposição” para “trabalhar por São Paulo”. A declaração de amor, porém, gerou ciumeira e traiçoeiras bicadas no ninho tucano, segundo reportagem da Folha deste domingo (20).


Chico Buarque retruca "leitores da Veja"

Por Altamiro Borges

Os fascistas mirins, filhinhos de ricaços corruptos que se travestem de éticos, estão cada vez mais agressivos. Na noite desta segunda-feira (21), um grupo de playboys tentou intimidar o compositor, cantor e escritor Chico Buarque quando ele deixava um restaurante no Leblon, bairro nobre do Rio de Janeiro. "Petista, vá morar em Paris", gritaram os direitistas mimados. Apesar das provocações, o renomado artista se manteve calmo e até polemizou com os fanáticos. "Vocês são leitores da Veja?", indagou Chico Buarque, com sua fina ironia.

Impeachment é aposta do Brasil improdutivo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Está na hora de dar um intervalo no golpismo, um arrefecimento nessa disputa ideológica anacrônica e se começar a pensar seriamente no próximo tempo do jogo.

A insistência no impeachment, por parte de Gilmar Mendes e de setores do PSDB, já ultrapassou os limites de qualquer razoabilidade. A intervenção do STF (Supremo Tribunal Federal) e as manifestações gerais de condenação ao impeachment, o racha no PMDB, o desmonte da imagem de Michel Temer, comprovam que o impeachment é o caminho mais traumático para o país.

Cunha, livre e solto, segue conspirando

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Acreditem.

Lambrecado, lambuzado, denunciado e provado, o sr. Eduardo Cunha apareceu ontem na TV Câmara para posar de “estadista do golpe”.

Sua “entrevista” foi ao ar à noite e será nauseantemente repetida todos os dias desta semana.

Disse, no programa, que “até março” o impeachment, que nem mesmo a primeira comissão de análise tem formada, depois da decisão do STF que anulou sua manobra, estará terminado.

FMI vai comandar economia da Argentina?

Por Max Altman, no site Opera Mundi:

Não foi necessário mais que uma semana para que Mauricio Macri assentasse as bases de uma mudança dramática do modelo econômico, num formato ortodoxo como que ditado pelos burocratas do FMI. O receituário neoliberal foi adotado tendo como suas linhas fundamentais as seguintes medidas: a) eliminação dos impostos de exportação agropecuários – a soja de 35% para 30% – e industriais; b) eliminação das restrições para a compra de moeda estrangeira – o que desvalorizou de imediato o peso em 42%; c) eliminação de quotas para exportação de carne, trigo e matérias primas em geral; d) abertura comercial para as importações; e) eliminação de regulações bancárias que impunham taxas mínimas para os prazos fixos e máximas para os créditos; f) eliminação de limitações para o ingresso de capitais especulativos; g) eliminação do regime de informações das empresas sobre suas estruturas de custo e níveis de rentabilidade; h) promessa de eliminação da ‘Ley de Medios’; i) antecipação de uma drástica redução dos subsídios a usuários de eletricidade e gás.

A corrupção na Petrobras começou com FHC

Do blog Viomundo:

O acúmulo de informações sobre a Operação Lava Jato deixa claro: o Petrolão começou no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Diz ele que era, então, um esquema “desorganizado”. Ou seja, a corrupção do PSDB é mais “vadia” que a do PT/PMDB/PP/PSB e outros, parece sugerir o sociólogo.

É exatamente a mesma lógica utilizada para justificar como legais doações feitas pelas empreiteiras envolvidas na Lava Jato a Aécio Neves em 2014, quando aquelas que abasteceram os cofres de Dilma teriam sido “criminosas”.

Impeachment, STF, mídia e a democracia

Por Celso Vicenzi

O principal jornal catarinense, na edição de 18 de dezembro/2015, na página 18, apresenta um quadro com o voto de cada ministro do STF, dividindo-os em "favorece o governo" e "favorece a oposição". É a mesma ênfase e linha de raciocínio presente nos telejornais da Rede Globo, na tentativa de pressionar e indispor os integrantes da mais alta Corte do país com a população. É uma visão reducionista, que induz os leitores/telespectadores a interpretar o voto de cada ministro como um voto eminentemente político. Aliás, têm sido frequentes insinuações de que determinados ministros votam de um jeito ou de outro apenas porque "foram indicados" para o Tribunal por Lula ou Dilma.

A farsa de Lobão e a Lei Rouanet

Por Tico Santa Cruz, em sua página no Facebook:

Que Lobão gosta de latir como um cão feroz, todo mundo sabe, fala, esbraveja, acusa…

Mas…

Fiz uma pesquisa sobre sua relação com a Lei Rouanet, que ele GRITA como sendo "A mortadela que os artistas recebem para defender o Governo", mas pouca gente sabe que LOBÃO TEVE UM PROJETO APROVADO PELA LEI ROUANET.
 

Gilmar Mendes devia sofrer impeachment

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Falei várias vezes, neste ano, do jurista alemão do século 19 Rudolf von Ihering, um dos grandes inovadores do direito.

Quem não se defende quando injustiçado, ensinou ele, merece rastejar como um verme.

Você deve à sociedade processar quem abusa de você com insultos, ofensas, acusações sem prova ou conduta inadequada. Só assim as coisas melhoram para todos.

Neste sentido, é mais do que hora de Gilmar Mendes ser processado. Conforme determina a Constituição, um juiz do STF pode ser objeto de uma ação de impeachment caso quebre o decoro. Isto configura crime de responsabilidade.

Frente Brasil Popular: balanço e desafios

Por Valter Pomar, em seu blog:

1. O ano de 2015 está perto de acabar. Que balanço fazemos deste ano? Qual foi o papel da Frente Brasil Popular? Quais desafios nos esperam no ano de 2016?

2. A principal característica de 2015 foi a ofensiva das elites contra os setores populares. Esta ofensiva teve diferentes protagonistas (os setores médios reacionários, o grande capital, os partidos de direita, o oligopólio da mídia, segmentos do aparato de Estado - com destaque para o judiciário, o MP, a PF e as forças armadas) - e teve múltiplos alvos (os direitos trabalhistas, os direitos sociais, as liberdades democráticas, as mulheres, os negros, a juventude especialmente da periferia, os movimentos sociais, os partidos de esquerda, a política do governo, o mandato presidencial).

Por que defender a democracia?

Por Leo de Brito, na revista Teoria e Debate:

Entender e compreender os diferentes sistemas de organização política inseridos no contexto de uma determinada sociedade não é tarefa das mais fáceis. Todo e qualquer sistema político constituído essencialmente de representantes do povo tem suas virtudes e falhas.

Com a democracia não é diferente. No auge de sua vida política, Ulysses Guimarães – a principal liderança articuladora da Constituição de 1988 – já alertava a nova geração de brasileiros que pela primeira vez presenciava a luz de um regime democrático: “A grande força da democracia é confessar-se falível de imperfeição e impureza, o que não acontece com os sistemas totalitários, que se autopromovem em perfeitos e oniscientes para que sejam irresponsáveis e onipotentes”.