sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A manchetinha safada da Folha

Por José Dirceu, em seu blog:

Evidentemente, não há outra classificação para esta manchete, a principal da 1ª página do Folhão de hoje: "SP tem 661 mil pedidos médicos na fila de espera". Tudo bem, é notícia - e triste -, mas lendo-se a matéria descobre-se que se trata de uma lista só da prefeitura da capital, de pacientes inscritos para atendimentos em órgãos de saúde municipais.

As prioridades dos donos do mundo

Por Frei Betto, no jornal Brasil de Fato:


Parem o mundo que eu quero descer! Os donos do planeta enlouqueceram ou não entendo bem o que propõem?

De 22 a 27 de janeiro, o Fórum Econômico Mundial de Davos, na bucólica Suíça, reunirá empresários, banqueiros e outros donos do dinheiro que parecem não dar a mínima para a crise econômica na Europa (18 milhões de desempregados!). É compreensível, hoje recursos públicos salvam bancos privados!

Oposição e terrorismo inflacionário

Por Renato Rabelo, em seu blog:

A oposição de direita no Brasil tem usado de todas as armas à sua disposição no sentido de demarcar fronteira e radicalizar contra o governo e suas ações. Para isto conta com amplos espaços na mídia. Não era de se surpreender que a mesma oposição que governou o país e o levou ao FMI por três vezes hoje esteja na vanguarda de um movimento que acusa o governo de conivente com a escalada inflacionária. A inflação para o ano de 2012 ficou acima da meta de 4,5%, chegando a 5,8%. Ou seja, no teto da meta.

Kátia Abreu não gosta de índios

Por Altamiro Borges

Em seu artigo semanal na Folha, a ruralista Kátia Abreu, presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e senadora pelo PSD do Tocantins, voltou a atacar as comunidades indígenas do Brasil. Já virou rotina. O texto intitulado “Dois pesos e duas medidas” tem uma chamada curiosa: “Quando índio invade terra, forças [policiais] não são empregadas; quando há retirada de terra indígena, existe até violência”. Para ela, os latifundiários são vitimas da truculência dos poderes públicos. Coitadinhos! Tão frágeis e indefesos!

Gol desrespeita decisão judicial

Por Altamiro Borges

A empresa aérea Gol até agora não cumpriu a decisão da Justiça, tomada em dezembro passado pela 23ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, de reintegrar os 850 trabalhadores demitidos após a compra da Webjet. A denúncia foi feita nesta semana pelo Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), que anunciou também se que recusa a negociar com a direção da companhia enquanto a readmissão não for efetuada. Segundo a entidade, a Gol utilizou uma manobra para escapar da decisão judicial.

A herança da casa-grande

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Não quero que os ricos chorem, dizia o líder do PSD sueco, Olof Palme, quero é que os pobres riam. Palme, social-democrata autêntico, foi primeiro-ministro e crente denodado da igualdade social. Sublinho autêntico para que não seja confundido com nossos social-democratas de fancaria.

Pobreza e desigualdade caem no Brasil

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

No início do ano, a mídia e os partidos de oposição ao governo Dilma pareceram tentar apelar a uma segunda estratégia no âmbito da guerra que desencadearam a partir, vá lá, do segundo ano do governo Lula (2004).

O desempenho modesto do PIB no ano passado e uma suposta “crise de abastecimento de energia elétrica” que culminaria em “racionamento” se associaram a outros factóides menores, induzindo estrangeiros que não conhecem o Brasil a imaginarem que o país está em ruínas.

O último suspiro de influência da mídia

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A queda de Fernando Collor de Mello, há 20 anos, foi a última demonstração de força e influência da imprensa brasileira, para o bem e para o mal. Collor, um político provinciano e oco, tagarela e bonitão, se tornou uma figura nacional graças à mídia, que viu nele uma alternativa salvadora a – sempre ele – Lula na presidência.

Os epicentros das guerras imperialistas

Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:

Entra ano e sai ano da era da hegemonia imperial norteamericana e a agenda das guerras não deixa de se alongar. Ao Afeganistão e ao Iraque se somaram a Líbia, a Síria e a lista só tende a ser maior.

Os presidentes dos EUA, em cada aniversário da invasão do Afeganistão e do Iraque, se felicita pela vitória nessas guerras. Quem olha para esses países e se lembra das promessas de instauração de democracias – estilo ocidental -, só pode achar totalmente absurdas essas afirmações. Bastaria perguntar para algum deles, se gostaria de passar as ferias em algum desses países, se mandariam seus filhos ou netos estudar lá, para que eles mudassem na hora de fisionomia.